Haddad defende integração de mercados de carbono e pagamento por serviços ambientais na COP30

247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a necessidade de avançar na discussão sobre a integração dos mercados de crédito de carbono e o pagamento por serviços ambientais durante a COP30, que será realizada em Belém (PA) no segundo semestre de 2025. A declaração foi dada durante sua participação no painel "Um caminho para a resiliência dos Mercados Emergentes", na Conferência do FMI em Al-Ula, na Arábia Saudita, nesta segunda-feira (29), destaca o jornal Estadão.

Haddad ressaltou que o Brasil deve aproveitar a experiência acumulada durante sua presidência no G20 para intensificar o debate sobre esses temas na conferência climática. “Não parece que seja impossível a conciliação desses interesses múltiplos em uma agenda que efetivamente exige mais sustentabilidade física, social e ambiental para o mundo”, afirmou o ministro, alinhando-se à orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de harmonizar as agendas econômica e socioambiental.

Sobre o mercado de carbono, Haddad mencionou uma parceria com o FMI para discutir modelos de integração que evitem que países utilizem a crise climática como pretexto para elevar barreiras comerciais. “A discussão dos modelos de integração de mercado de carbono é crucial para evitar que a proteção ambiental seja usada como justificativa para práticas protecionistas”, explicou.

Já em relação ao pagamento por serviços ambientais, o ministro destacou que muitas economias emergentes investem recursos significativos na preservação de suas florestas. Durante a presidência do G20, o Brasil reforçou a proposta do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), um fundo de investimento voltado para a conservação ambiental.