TV 247 logo
      HOME > Meio Ambiente

      Lula afirma que Marina não se oporá à exploração na Margem Equatorial, enquanto ministra reforça compromisso com descarbonização

      Apesar do aparente conflito, ambos convergem ao declarar a necessidade de reduzir progressivamente o uso de combustíveis fósseis

      Lula e Marina Silva em Belém-PA - 14/02/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
      Leonardo Sobreira avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - O presidente Lula e a ministra do Meio Ambiente deram declarações convergentes sobre a necessidade de descarbonização da matriz energética brasileira nos últimos dias. De um lado, Lula foi enfático ao defender que a Petrobras explore a Margem Equatorial no Amapá, enquanto a ministra evitou mencionar a questão.

      No entanto, ambos defendem a necessidade de descarbonizar a matriz energética, utilizando cada vez menos combustíveis fósseis.

      Em evento do governo federal nesta sexta-feira (14) em Belém-PA, Marina afirmou que os investimentos em energia verde são essenciais e disse que é preciso cortar o petróleo.

      "O Brasil pode ser o endereço dos melhores investimentos, porque tem energia limpa e tem que continuar investindo na descarbonização da sua matriz energética, inclusive com hidrogênio verde. Não apenas para exportar, mas usar essa energia limpa para transformar nossa matéria-prima em riqueza e produtos materiais”, declarou Marina.

      Para Lula, que reconhece que a demanda pelo recurso continuará crescendo nos próximos anos, a declaração não parece representar um conflito no governo. Mais cedo, em entrevista à rádio local, ele disse que Marina não será contra a exploração de petróleo na região da Margem Equatorial, porque é inteligente.

      “Tenho certeza de que Marina jamais será contra, porque a Marina é uma pessoa muito inteligente. O que ela quer não é não fazer, é como fazer. Esse como fazer é uma coisa que ela quer, eu quero, você quer. Como fazer para a gente não ser predatório com a nossa querida Amazônia”, afirmou Lula. 

      No evento, Lula também defendeu que seu governo valoriza o Ibama, o órgão que vem sendo criticado pelo presidente por demorar a conceder a autorização para a exploração. Ele disse que atuou para reconstruir o órgão, que, segundo ele, "tinha 700 funcionários a menos do que tínhamos em 2010" quando assumiu para um terceiro mandato.

      Na véspera, em evento do governo federal no Amapá, Lula deixou claro que ambos convergem na necessidade de redução progressiva do uso de combustíveis fósseis, ao declarar: "Sonho que um dia não precisemos de combustível fóssil, mas isso está longe ainda. Vamos precisar disso por muito tempo". 

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Relacionados