Estadão defende punição exemplar ao criminoso Marçal
Em editorial, jornal cobra punição ao ex-coach pelos crimes cometidos durante a campanha eleitoral
247 – Em editorial publicado nesta terça-feira, o Estadão posicionou-se firmemente contra as ações de Pablo Marçal (PRTB), ex-coach que tentou consolidar um movimento político próprio, o “marçalismo”, inspirado no estilo do bolsonarismo. O jornal destacou que, apesar de não ter contado com tempo de TV ou estrutura partidária significativa, Marçal quase conseguiu alcançar o segundo turno nas eleições paulistanas. No entanto, o editorial pontua que sua candidatura foi, na verdade, uma estratégia para ganhar visibilidade nacional e pavimentar seu caminho como possível candidato à Presidência.
O Estadão não poupou críticas ao ex-candidato, afirmando que ele está “obviamente desqualificado para ser prefeito de São Paulo” e que sua campanha foi marcada por crimes eleitorais, mentiras e agressões. “Surge como candidato natural à Presidência, projeto que ele fez questão de anunciar logo após os resultados em São Paulo”, ressalta o jornal, sugerindo que seu desempenho pode servir de exemplo para outros indivíduos que, segundo o editorial, também seriam desqualificados para a vida pública.
O jornal pede que a Justiça Eleitoral e a Justiça Comum ajam de forma enérgica para impedir que essa “estratégia de campanha”, caracterizada por violações à lei e à ética democrática, se repita. O Estadão relembra o erro histórico de não ter afastado o então deputado Jair Bolsonaro após suas declarações antidemocráticas no início dos anos 2000 e sugere que, desta vez, a Justiça aja para evitar a repetição do cenário. “Só a punição implacável desse impostor sinalizará a outros vândalos políticos que suas estratégias de campanha, eivadas de crimes, mentiras, agressões e falsificações, não têm lugar numa democracia que preste”, enfatiza.
No texto, o Estadão elenca os diversos crimes que teriam sido cometidos por Marçal ao longo da campanha, como abuso de poder econômico, injúria, calúnia, difamação, falsidade ideológica eleitoral e divulgação de informações falsas. O editorial conclui que as provas são tão numerosas que, em alguns casos, a investigação será mera formalidade.
Para o jornal, é essencial que a Justiça atue de maneira exemplar para evitar que a delinquência se torne uma prática aceita na política nacional, garantindo que a democracia brasileira continue a se defender contra ameaças, sejam elas de figuras poderosas ou de novos aventureiros políticos.
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