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New York Times destaca indiciamento de Bolsonaro como ladrão de joias

Ex-presidente foi indiciado por desviar patrimônio da União

Bolsonaro no New York Times como ladrão de joias (Foto: Reprodução)

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247 – O jornal norte-americano The New York Times destacou em sua edição mais recente as acusações feitas pela Polícia Federal do Brasil contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que envolvem o desvio de joias recebidas como presentes de líderes estrangeiros durante seu mandato. De acordo com duas fontes próximas à investigação, que pediram anonimato para descrever documentos sigilosos do caso, a polícia recomendou que Bolsonaro seja formalmente acusado criminalmente, adicionando mais um capítulo aos seus desafios jurídicos.

Conforme relatado pelo The New York Times, a Polícia Federal acusa Bolsonaro e dez de seus aliados de tentar manter e vender presentes valiosos recebidos de governos estrangeiros, incluindo joias de diamantes avaliadas em US$ 1 milhão e um conjunto de ouro 18 quilates, ambos presentes da Arábia Saudita. Em um dos casos, a equipe de Bolsonaro tentou vender o conjunto de ouro por US$ 50.000 em uma casa de leilões em Manhattan no ano passado. Além disso, documentos investigativos mostram que dois relógios de luxo foram vendidos em um shopping na Pensilvânia por US$ 68.000, com parte do dinheiro sendo entregue a Bolsonaro.

Embora a Polícia Federal utilize o termo "indiciamento", Bolsonaro ainda não foi formalmente acusado. Cabe agora ao procurador-geral federal decidir se apresentará acusações contra o ex-presidente e o levará a julgamento. Até o momento, tanto o procurador quanto o Supremo Tribunal Federal do Brasil ainda não haviam recebido as recomendações da polícia.

O New York Times também destacou que este caso se soma a outros problemas legais enfrentados por Bolsonaro, apenas 18 meses após deixar o cargo. Em março, a Polícia Federal recomendou acusações contra Bolsonaro por um esquema de falsificação de registros de vacinação contra a Covid-19. Em fevereiro, a polícia confiscou seu passaporte e ordenou que ele permanecesse no Brasil enquanto investigavam seu papel em uma conspiração para manter-se no poder após perder a eleição de 2022. Bolsonaro chegou a passar duas noites na embaixada da Hungria em Brasília, aparentemente buscando asilo, conforme mostram imagens de câmeras de segurança obtidas pelo The New York Times.

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