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    A 16ª Cúpula do BRICS terminou com sucesso, diz Putin em coletiva de imprensa

    Segundo o presidente russo, a Cúpula do BRICS foi um dos eventos mais significativos no calendário político global

    Vladimir Putin em coletiva de imprensa ao final da Cúpula do BRICS 2024 (Foto: Alexander Shcherbak/TASS)

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    TASS - A agência TASS reuniu as principais conclusões das declarações do presidente russo, Vladimir Putin.

    Sobre o restabelecimento da comunicação com a Europa

    Alegações de que a Rússia se recusa a reavivar o diálogo com os países europeus são apenas mentiras, disse Putin. "Nós nunca nos recusamos a fazê-lo, nem estamos recusando agora. Se alguns desejarem retomar as relações conosco, eles são bem-vindos. Continuamos dizendo isso o tempo todo. Mas não estamos sendo intrusivos", explicou.

    Putin atribuiu a desestabilização dentro da UE ao que ele chamou de políticas errôneas sendo seguidas pelas elites europeias. Ele rejeitou as acusações ocidentais contra a Rússia como lixo. "Isso [desestabilização] é um efeito líquido das políticas domésticas nesses estados. (…>). Como diz um ditado popular aqui, é uma tentativa de colocar a própria culpa na porta de outra pessoa e fugir da responsabilidade por decisões erradas na economia ou nas políticas domésticas", ele acrescentou.

    Sobre a operação especial e a situação na região de Kursk

    O Exército Russo está avançando em todos os setores da linha de engajamento na zona de operação militar especial e tem agido resolutamente em todas as direções. Enquanto isso, Kiev tem perdido menos tanques no campo de batalha apenas porque tem usado menos, explicou Putin.

    A incursão da Ucrânia na região russa de Kursk, na fronteira, foi feita para mostrar aos Estados Unidos que seu investimento em Kiev não foi inútil. "Eles querem por todos os meios mostrar à atual administração [dos EUA] e ao eleitorado que apoia a atual administração, este partido [os Democratas], que seus investimentos na Ucrânia não foram em vão", destacou o chefe de Estado. "Eles [os ucranianos] estão trabalhando para os EUA, não para os interesses do povo ucraniano", acrescentou.

    Cerca de 2.000 soldados ucranianos foram cercados na região de Kursk. "[Tropas russas] estão trabalhando ativamente na direção de Kursk. Algumas unidades do exército ucraniano, incluindo aquelas na região de Kursk, foram bloqueadas e cercadas. Cerca de 2.000 homens", especificou Putin.

    Sobre supostas ameaças de Trump

    Em relação às supostas ameaças de "atingir Moscou" do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar a Rússia não faz sentido algum, disse Putin, já que os russos só se sentem encorajados por ameaças.

    Sobre as relações com os EUA

    As relações pós-eleitorais entre Moscou e Washington dependerão da futura administração dos EUA, disse o líder russo. "Se os Estados Unidos estiverem abertos a construir relações normais com a Rússia, retribuiremos. Se eles não quiserem, não precisam. Dependerá da futura administração", acrescentou.

    Sobre o conflito na Ucrânia

    Todos no BRICS estão buscando pôr fim ao conflito na Ucrânia o mais rápido possível, de preferência por meios pacíficos, garantiu Putin aos repórteres.

    "Sabemos o que está sendo feito e como no lançamento de lanchas rápidas não tripuladas no Mar Negro. Sabemos quem está presente lá, de quais países europeus da OTAN essas pessoas vêm e como elas fazem esse trabalho. O mesmo se aplica a instrutores e militares. E o mesmo se aplica ao uso de armas de alta precisão, incluindo ATACMS, Storm Shadow e outros mísseis. Soldados ucranianos não podem usá-los sem reconhecimento espacial, definição de alvos e software feito no Ocidente. Eles podem fazer isso apenas com a participação direta de oficiais de países da OTAN", ele argumentou.

    A Rússia está pronta para considerar quaisquer opções de acordos de paz com Kiev para resolver a crise na Ucrânia com base nas realidades locais, continuou Putin.

    Sobre as negociações de paz, "a bola está na quadra de Kiev", disse o líder russo. No entanto, ele continuou, os líderes do regime de Kiev se recusaram a negociar, pois, entre outras razões, teriam que cancelar a lei marcial e realizar uma eleição.

    Sobre o conflito no Oriente Médio

    A Rússia se opõe a qualquer nova escalada no Oriente Médio, pois, estrategicamente, não ganhará nada com isso, Putin sustentou. "Estamos muito preocupados com o que está acontecendo na região [do Oriente Médio]. E não importa quem diga o quê, a Rússia não está interessada em que o conflito [do Oriente Médio] piore", disse ele. "Estrategicamente, não ganharemos nada com isso, apenas enfrentaremos problemas adicionais", acrescentou.

    Sobre a expansão da Otan 

    Putin descreveu a expansão da Aliança do Atlântico Norte como injusta. "Nós não dissemos isso? 'Não faça isso. A expansão da Otan viola nossa segurança.' Não, eles preferiram fazer do jeito deles. Mas isso é justo? Não há justiça aqui. Queremos mudar essa situação e atingiremos esse objetivo", Putin insistiu.

    Sobre o crescimento do PIB

    O crescimento do PIB da Rússia pode chegar a cerca de 4% este ano, disse Putin. "Como você pode ver, estamos vivendo uma vida normal enquanto trabalhamos e progredimos. Nossa economia está crescendo. Vimos um crescimento de 3,4-3,6% no ano passado. Este ano, [o crescimento] pode chegar a cerca de 4%, provavelmente 3,9%", ele supôs.

    Sobre a Cúpula dos BRICS

    De acordo com Putin, a 16ª Cúpula do BRICS terminou com sucesso para se tornar um dos eventos mais significativos no calendário político global. "Tornou-se o ponto culminante da presidência russa na associação e um dos eventos mais significativos no calendário político mundial. Eu disse repetidamente que a abordagem da Rússia à presidência do BRICS é responsável", ele declarou.

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