Aiatolá Khamenei, do Irã: a "resistência" não acabou após a derrubada de Assad
'O que será erradicado é Israel', afirmou o líder supremo do território iraniano
247 - Líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei afirmou em um discurso televisionado que a "resistência" contra Israel e seus aliados não terminou, apesar dos recentes acontecimentos na Síria e dos ataques das forças israelenses contra grupos islâmicos como o Hamas (na Faixa de Gaza) e o Hezbollah (no Líbano).
"O regime sionista imagina que pode cercar e erradicar as forças do Hezbollah através da Síria, mas o que será erradicado é Israel", acrescentou em discurso televisionado.
O ex-presidente da Síria Bashar al-Assad, que estava há 24 anos no poder, foi derrubado no último dia 8, quando rebeldes do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomaram a capital Damasco. Assad deixou o país em um avião da Rússia.
Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra entre grupos rebeldes e o Exército de Assad. No mês passado, 15 pessoas foram mortas e 16 ficaram feridas após ataques de Israel em Damasco.
O ex-chefe do governo sírio tinha apoio do Irã, além da Rússia, que está em guerra com a Ucrânia. Os iranianos foram atacados por Israel. O Hezbollah, que ocupa o Líbano, mas é apoiado pelo governo iraniano, perdeu seus principais comandantes devido aos ataques de Israel.
No Líbano, o Ministério da Saúde do país asiático afirmou em novembro que os ataques israelenses mataram 3.100 pessoas e feriram cerca de 14 mil no último ano. O número inclui 619 mulheres e 194 crianças.
As forças de Israel retomaram os ataques no Oriente Médio em outubro do ano passado na Faixa de Gaza, onde, segundo o Ministério da Saúde local, mais de 45 mil palestinos morreram vítimas dos bombardeios.
Autoridades jurídicas da África do Sul denunciaram Israel na Corte Internacional de Justiça pelo crime de genocídio, mas o órgão sediado na Holanda apenas recomendou a paralisação do massacre.
Os bombardeios continuaram. Lideranças de outros países e ativistas cobraram, nos últimos meses, que o Tribunal Penal Internacional determine a prisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Senadores da extrema-direita norte-americana chegaram a fazer ameaças contra o TPI.
A crise histórica no Oriente Médio envolve, de forma indireta, os Estados Unidos, países europeus e asiáticos. No caso de Israel, Netanyahu deu sinais de que vai continuar suas ofensivas na região, contando com o apoio dos EUA, especialmente.
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