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    Alemanha diz que prenderá Netanyahu se TPI emitir mandado de prisão por crimes de guerra

    Procurador-chefe do TPI, Karim Khan, solicitou na última segunda-feira (20) mandados de prisão contra Netanyahu, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e líderes do Hamas

    Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)

    247 - Steffen Hebestreit, porta-voz do chanceler alemão Olaf Scholz, afirmou que a Alemanha cumprirá um eventual mandado de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, caso este seja emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) e o premiê entre em território alemão. “Claro. Sim, cumprimos a lei”, disse Hebestreit durante uma entrevista coletiva em Berlim, de acordo com o jornal O Globo

    A afirmação ocorre em meio a uma crescente tensão diplomática, após o procurador-chefe do TPI, Karim Khan, solicitar na última segunda-feira (20) mandados de prisão contra Netanyahu, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e líderes do Hamas, incluindo Yahya Sinwar, Mohammad Deif e Ismail Haniyeh. Khan pela acusação de crimes de guerra e contra a humanidade durante o conflito na Faixa de Gaza.

    “Com base nas provas recolhidas e examinadas pelo meu gabinete, tenho motivos razoáveis para acreditar que Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, e Yoav Gallant, o ministro da Defesa de Israel, são responsáveis criminais por crimes de guerra e crimes contra a Humanidade cometidos no território do Estado da Palestina desde pelo menos 8 de outubro de 2023”, disse Khan em um vídeo gravado na ocasião. 

    Segundo Khan, os crimes atribuídos às autoridades israelenses incluem o uso da fome contra civis como método de guerra, ataques intencionais contra a população civil e extermínio, inclusive no contexto de mortes causadas pela fome. Para que os mandados sejam formalmente expedidos, a solicitação do procurador ainda precisa da aprovação dos juízes do TPI.

    Netanyahu reagiu com indignação às acusações, classificando o anúncio como “uma desgraça” e “uma completa distorção da realidade”. Ele assegurou que as acusações não alterariam a determinação de Israel em derrubar o governo do Hamas em Gaza. O premier também rejeitou “com desgosto” o pedido de prisão e a comparação feita pelo procurador entre Israel e o Hamas. 

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