Equipe de Trump fala até em congelar contas bancárias de integrantes do TPI
Candidato republicano se revoltou com pedido de prisão de Benjamin Netanyahu por crimes de guerra em Gaza
Reuters – Um assessor de política externa do ex-presidente republicano Donald Trump sugeriu na terça-feira que os Estados Unidos deveriam impor sanções aos funcionários da Corte Penal Internacional (CPI) que buscam um mandado de prisão para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Robert O'Brien fez os comentários após se encontrar com o líder israelense em Jerusalém durante uma visita de vários dias ao aliado dos EUA.
O'Brien, que serviu como quarto e último conselheiro de segurança nacional de Trump, destacou a "decisão irracional" da CPI de emitir um mandado para Netanyahu e o ministro da Defesa Yoav Gallant. Ele discutiu suas opiniões em uma entrevista à Reuters em Jerusalém. A viagem, relatada primeiro pela Reuters, ocorreu em meio a tensões entre Israel e a administração Biden sobre a conduta do aliado dos EUA na guerra em Gaza.
Durante a entrevista, O'Brien sugeriu a possibilidade de congelar as contas bancárias e impor restrições de visto aos procuradores e juízes que ele considerou corruptos. Ele também mencionou a possibilidade de impor sanções a funcionários do TPI que investigam autoridades dos EUA ou de países aliados que não reconhecem a corte, como Israel.
A equipe de Trump não hesitou em expressar apoio a uma legislação liderada pelos republicanos no Congresso que visa sancionar os funcionários do TPI que investigam autoridades dos EUA ou de países aliados que não reconhecem a corte. No entanto, a amplitude do apoio bipartidário para essa medida permanece incerta.
A viagem da delegação, composta por O'Brien, o ex-embaixador dos EUA nos Emirados Árabes Unidos John Rakolta e o ex-embaixador na Suíça Ed McMullen, foi uma rara demonstração de aliados de Trump viajando para o exterior como parte de uma delegação organizada para se reunir com autoridades estrangeiras. O itinerário não incluiu líderes palestinos.
Além de Netanyahu, a delegação se encontrou com o presidente de Israel, Isaac Herzog, o ministro do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, e Gallant. O'Brien compartilhou sua opinião de que a prioridade deve ser a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a captura de Yahya Sinwar, o responsável pelo ataque de 7 de outubro contra Israel que desencadeou a ofensiva em Gaza.
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