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Após ataque à região de Kursk, não é possível realizar negociações com Ucrânia, afirma chancelaria russa

A porta-voz Maria Zakharova enfatizou que "a ilegalidade está ocorrendo com a total conivência do Ocidente"

Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa (Foto: TASS)

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TASS - A Rússia não manterá nenhuma negociação com o regime de Kíev após o ataque terrorista da Ucrânia na região de Kursk, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em uma entrevista coletiva.

"Em junho deste ano, o presidente russo Vladimir Putin, acho que podemos até dizer, em um gesto de boa vontade, apresentou propostas bastante realistas. Elas visavam a um acordo justo e de longo prazo. No entanto, o regime terrorista criminoso do [presidente ucraniano Vladimir] Zelensky, em vez de considerá-las seriamente - parece-me, para dizer o mínimo, as propostas mais generosas do lado russo - realizou um ataque terrorista sangrento contra a região de Kursk e seus moradores. Eu diria que o ataque foi suicida para o regime de Zelensky", afirmou Zakharova. "Militantes ucranianos e mercenários estrangeiros estão cometendo atrocidades, atirando em civis e voluntários, atingindo infraestrutura civil, alvejando jornalistas e colocando em risco instalações de energia nuclear. Bem, que tipo de negociações de paz podem haver sob tais condições e com quem [elas] podem ser realizadas? Claro, negociações de paz com o regime terrorista em Kiev estão fora de questão."

Zakharova enfatizou que "essa ilegalidade está ocorrendo com a total conivência do Ocidente e seu incentivo às atividades terroristas pelo regime de Kiev".

"Está claro que nem Kiev, nem os Estados Unidos, nem seus asseclas da Otan precisam de um acordo. Eles estão interessados, como já disseram, em causar o máximo de dano à Rússia. Consequentemente, isso atrasa qualquer acordo e contribui para a escalada do conflito", disse Zakharova.

Ela alertou que o terrorismo estava "se espalhando e se transformando em um movimento terrorista internacional, cujas origens vêm do solo europeu".

"Sim, os fertilizantes são americanos, mas o solo é europeu, e esses brotos terroristas surgiram nele e agora estão se espalhando pelo mundo", disse. "O regime de Kíev é uma organização terrorista, que, como vemos agora, já chegou ao continente africano."

O ataque maciço da Ucrânia na região de Kursk começou em 6 de agosto. Um estado de emergência em escala federal está em vigor e alertas de mísseis foram anunciados repetidamente. Civis estão sendo evacuados de áreas de fronteira para a segurança. De acordo com o Ministério de Emergências, há 197 centros de acomodação temporária em 28 regiões da Rússia. Mais de 11.500 pessoas, incluindo mais de 3.500 crianças, estão hospedadas lá no momento.

O Ministério da Defesa russo diz que Kíev perdeu mais de 7.000 militares e 74 tanques desde o início das hostilidades na região de Kursk. A operação para acabar com a incursão ucraniana continua.

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