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    Após decisão da Suprema Corte sobre imunidade, Trump tenta interromper processo sobre documentos secretos

    O pedido é a mais recente aposta jurídica da equipe legal de Trump, para aproveitar a decisão da Suprema Corte nos quatro processos criminais que ele enfrenta

    Donald Trump (Foto: Jabin Botsford/Pool via REUTERS)

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    WASHINGTON (Reuters) - Os advogados do ex-presidente norte-americano Donald Trump, candidato replublicano ao cargo neste ano, pediram nesta sexta-feira a um juiz que pause parcialmente o processo criminal que o político enfrenta por manutenção indevida de documentos secretos, após a Suprema Corte do país ter decidido que mandatários possuem imunidade mais ampla por atos no exercício de suas funções.

    Trump disse que a decisão da corte, de que ele tem imunidade mais ampla de acusações criminais em um processo que julga sua tentativa de reverter o resultado das eleições de 2020, também pode ser aplicada na ação que trata dos documentos secretos.

    Os defensores do republicano disseram que a pausa é necessária para “minimizar as consequências adversas para a instituição da Presidência, decorrentes desta investigação e desse processo inconstitucional".

    O pedido é a mais recente aposta jurídica da equipe legal de Trump, para aproveitar a decisão da Suprema Corte nos quatro processos criminais que ele enfrenta. O político já usou a decisão para atrasar uma sentença sobre acusações de que ele falsificou registros financeiros.

    Trata-se também de mais uma tentativa de Trump de atrasar os procedimentos legais em meio a sua tentativa de derrotar o atual presidente, Joe Biden, na eleição do dia 5 de novembro.

    A equipe legal de Trump pediu à juíza distrital Aileen Cannon — que foi indicada pelo republicano e supervisiona o processo dos documentos secretos — que paralise todas as atividades até que decida sobre as solicitações de Trump para rejeitar as acusações com base no seu argumento de imunidade e de que o procurador Jack Smith foi ilegalmente escolhido para o caso.

    Um porta-voz do procurador se negou a comentar o caso.

    O ex-presidente se declarou inocente das acusações de que ele reteve ilegalmente documentos secretos da segurança nacional após deixar o cargo, em 2021, e obstruiu os esforços do governo para recuperar o material.

    A decisão da Suprema Corte, de que ex-presidentes possuem ampla imunidade por ações realizadas durante o mandato, pode complicar o caso.

    Os advogados de Trump já alegaram que a decisão do político de enviar os documentos secretos a seu resort, na Flórida, foi tomada enquanto presidente.

    Promotores do caso chamaram o argumento de Trump de “frívolo”, dizendo que todas as ações se relacionam a ações do político depois de deixar a Casa Branca.

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