Biden barra compra da US Steel por empresa japonesa e CEO classifica decisão como "vergonhosa e corrupta"
Negócio bilionário entre US Steel e Nippon Steel é interrompido sob alegações de segurança nacional, gerando críticas contundentes
247 - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou uma decisão controversa ao bloquear a aquisição da US Steel Corporation pela japonesa Nippon Steel Corporation (NSC). O acordo, avaliado em US$ 14,9 bilhões, foi proibido na última sexta-feira (3) com base em preocupações de segurança nacional. A medida gerou forte reação do CEO da US Steel, David Burritt, que classificou a decisão como "vergonhosa e corrupta", segundo a agência Sputnik.
Em declaração oficial, Burritt afirmou que a decisão de Biden representa um "pagamento político" a líderes sindicais que, segundo ele, estão desconectados das necessidades de seus membros. "Ele prejudicou o futuro da nossa empresa, nossos trabalhadores e nossa segurança nacional. Biden insultou o Japão, um aliado vital, e colocou a competitividade americana em risco", declarou o executivo.
A transação, anunciada no final de 2023, previa a aquisição da US Steel por US$ 55 por ação em uma negociação integralmente em dinheiro. O valor total do empreendimento incluía a assunção de dívidas, totalizando US$ 14,9 bilhões. A proposta prometia fortalecer as operações da US Steel e garantir investimentos significativos para a empresa e suas comunidades, segundo os proponentes.
O bloqueio também gerou repercussão no Japão. Segundo a mídia japonesa, a Nippon Steel Corporation planeja acionar judicialmente o governo dos EUA contra a decisão. Em comunicado conjunto, US Steel e NSC condenaram a proibição, afirmando que nenhuma evidência crível de uma questão de segurança nacional foi apresentada e acusaram o processo de ter sido "manipulado" para atender a "uma agenda política" de Biden.
O CEO da US Steel reforçou a importância do investimento para o futuro da companhia. "Precisávamos de um presidente que soubesse como obter o melhor acordo para os Estados Unidos e trabalhasse duro para isso. Não vamos recuar diante dessa corrupção política", afirmou Burritt, destacando a intenção de lutar contra a decisão.
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