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    Biden veta venda da U.S. Steel para Nippon Steel

    "Sem produção de aço doméstica e sem trabalhadores siderúrgicos domésticos nossa nação é menos forte e menos segura", justificou o presidente dos EUA

    Placa do sindicato de trabalhadores em siderurgia dos EUA United Steel Workers em River Rouge, no Estado norte-americano de Michigan 16/09/2024 REUTERS/Rebecca Cook (Foto: REUTERS/Rebecca Cook)
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    Reuters - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vetou oficialmente nesta sexta-feira a proposta de compra por 14,9 bilhões de dólares da U.S. Steel pela Nippon Steel, desferindo um golpe provavelmente fatal na transação após um ano de análise do caso.

    "Uma indústria siderúrgica forte e de propriedade e administração domésticas representa uma prioridade de segurança nacional essencial e é crucial para cadeias de abastecimento resilientes", disse Biden em comunicado. "Sem produção de aço doméstica e sem trabalhadores siderúrgicos domésticos nossa nação é menos forte e menos segura."

    O Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS) passou meses analisando o negócio em busca de riscos à segurança nacional, mas encaminhou a decisão a Biden em dezembro, depois de não chegar a um consenso.

    A Nippon pagou um alto prêmio para fechar a compra da segunda maior produtora de aço dos EUA em um leilão em dezembro de 2023, mas o acordo enfrentou oposição do poderoso sindicato United Steelworkers (USW), bem como de políticos.

    Biden já havia dito anteriormente que deseja que a U.S. Steel permaneça sob propriedade e administração norte-americanas, enquanto o presidente eleito Donald Trump prometeu vetar uma aquisição estrangeira da empresa após assumir o cargo em 20 de janeiro.

    Em uma carta de novembro, o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, pediu a Biden que aprovasse a fusão para evitar prejudicar os recentes esforços para fortalecer os laços entre os dois países, informou a Reuters com exclusividade.

    Um porta-voz de Ishiba não pôde ser contatado para comentar o assunto nesta sexta-feira e o Ministério do Comércio do Japão se recusou a comentar, dizendo que não houve anúncio formal de uma decisão.

    O Japão é um importante aliado dos EUA na região do Indo-Pacífico, onde a ascensão econômica e militar da China tem gerado preocupações em Washington, juntamente com as ameaças da Coreia do Norte.

    O país também é o principal investidor nos Estados Unidos e o Keidanren, seu maior lobby empresarial, já havia manifestado preocupações de que a revisão do acordo entre U.S. Steel e Nippon estivesse sofrendo pressão política.

    A Nippon prometeu lutar nos tribunais contra qualquer decisão de interromper o acordo, mas advogados, incluindo Nick Wall, sócio de fusões e aquisições da Allen & Overy, disseram que seria difícil montar qualquer desafio legal contra o governo dos EUA.

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