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Biden está mais "receptivo" a ouvir por que deveria desistir da campanha à reeleição

Ainda que não tenho dado indicações de que pretende abandonar a candidatura, Biden já tem feito perguntas sobre o potencial eleitoral de Kamala Harris

Biden no debate presidencial (Foto: Reuters)

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247 - Nos últimos dias, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tornou-se mais "receptivo", segundo o The New York Times, a ouvir argumentos sobre a possibilidade de abandonar sua candidatura à reeleição. De acordo com democratas informados sobre suas conversas, após os dois principais líderes do partido no Congresso expressarem, em particular, profundas preocupações com suas perspectivas eleitorais, Biden tem se mostrado disposto a discutir a situação.

Embora Biden ainda não tenha dado indicações claras de que está reconsiderando sua participação na corrida eleitoral, ele está atento aos novos e preocupantes dados de pesquisa apresentados. Além disso, tem feito perguntas sobre as chances da vice-presidente, Kamala Harris, vencer, caso ele decida se retirar.

Relatos indicam que Biden está adotando uma postura mais aberta em suas conversas privadas, em contraste com a semana passada, quando reagiu de forma mais agressiva às pressões de alguns democratas da Câmara para que desistisse da campanha.

Uma fonte próxima ao presidente enfatizou que, embora seja exagerado afirmar que Biden está receptivo à ideia de desistir, ele está, pelo menos, disposto a ouvir os argumentos. No entanto, não há sinais de que ele esteja mudando de rumo neste momento.

As preocupações foram levantadas após encontros entre Biden e o senador Chuck Schumer, líder da maioria no Senado, e o representante Hakeem Jeffries, líder da minoria na Câmara. Ambos expressaram preocupações de que a candidatura de Biden poderia prejudicar as chances dos candidatos democratas nas eleições para a Câmara e o Senado. Essas conversas confidenciais vieram à tona em meio a uma crescente rebelião dentro do partido contra a candidatura de Biden.

A Casa Branca, no entanto, minimizou o impacto dessas discussões. Andrew Bates, porta-voz da Casa Branca, afirmou que Biden reafirmou seu compromisso com a candidatura e seu plano de trabalhar com os líderes do partido para aprovar uma agenda de 100 dias focada em ajudar as famílias trabalhadoras.

Schumer e Jeffries convenceram discretamente os oficiais do partido a adiar o início da nomeação de Biden por uma semana, prolongando o debate sobre sua viabilidade como candidato. Além disso, o representante Adam B. Schiff, da Califórnia, tornou-se o legislador democrata de maior perfil a pedir que Biden desistisse da corrida, enquanto Jeffrey Katzenberg, co-presidente da campanha de Biden, informou ao presidente que os doadores haviam parado de contribuir para sua campanha.

Com a campanha enfrentando uma crise, Biden testou positivo para Covid-19, o que complicou ainda mais a situação. O diagnóstico veio em um momento em que a campanha esperava intensificar as aparições públicas do presidente para demonstrar sua aptidão para permanecer na corrida.

O desempenho decepcionante de Biden no último debate, suas aparições públicas irregulares e as dificuldades nas pesquisas alimentaram preocupações profundas entre os democratas. Uma pesquisa divulgada pela Associated Press e NORC revelou que quase dois terços dos democratas preferem que Biden abandone a corrida. Outro levantamento da Blue Rose Research mostrou que apenas 18% dos eleitores e 36% dos eleitores que apoiaram Biden em 2020 acreditam que ele está mentalmente apto para exercer a presidência.

Dados recentes sugerem que o apoio contínuo a Biden poderia prejudicar os titulares do partido, com eleitores desconfiados de políticos que endossam a capacidade mental do presidente.

Um conselheiro de Biden, que pediu anonimato, explicou que a decisão final dependerá de três fatores cruciais: pesquisas, financiamento e estados em jogo. Até agora, nenhum desses elementos está favorecendo Biden.

Em entrevista à BET News, Biden reafirmou sua intenção de continuar na corrida, destacando que só consideraria desistir se um médico informasse sobre uma condição médica que exigisse tal decisão.

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