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    Biden pede que norte-americanos se comprometam novamente com democracia em discurso no penhasco da Normandia

    Presidente pediu aos estadunidenses que se lembrem dos soldados cujo heroísmo no Dia D ajudou a tornar a invasão um sucesso: "devemos ser fiéis ao que os EUA representam"

    Presidente dos EUA, Joe Biden, discursa em cerimônia de aniversário do Dia D na Normandia, na França (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

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    POINTE DU HOC, França (Reuters) - No topo do penhasco que soldados do Exército dos Estados Unidos escalaram há 80 anos no Dia D, o presidente norte-americano, Joe Biden, comparou nesta sexta-feira as ameaças representadas pela Alemanha nazista àquelas enfrentadas pelo mundo de hoje por ditadores e autoritarismo, e pediu aos norte-americanos que resistam ao isolacionismo.

    O discurso de Biden na Normandia, o segundo em poucos dias, teve como objetivo fortalecer o apoio à Ucrânia, que está envolvida em uma guerra com a Rússia do presidente Vladimir Putin. Biden disse que os soldados do Exército que lutaram naquele dia gostariam que os norte-americanos defendessem a liberdade.

    "Alguém duvida de que eles gostariam que os Estados Unidos enfrentassem a agressão de Putin aqui na Europa hoje?", perguntou ele.

    Biden não mencionou seu rival republicano na eleição presidencial de 5 de novembro, Donald Trump, mas seu discurso criticou as inclinações isolacionistas do ex-presidente. "O instinto mais natural é se afastar para ser egoísta, para impor nossa vontade aos outros. Para tomar o poder, para nunca devolver", disse Biden, em uma aparente crítica a Trump.

    Biden pediu aos norte-americanos que se lembrem dos soldados norte-americanos cujo heroísmo dramático no Dia D ajudou a tornar a invasão um sucesso.

    "Ao nos reunirmos aqui hoje, não é apenas para homenagear aqueles que demonstraram uma bravura notável naquele dia, 6 de junho de 1944", disse Biden. "É para ouvir o eco de suas vozes. Para ouvi-los. ... Eles não estão nos pedindo para escalar esses penhascos. Eles estão nos pedindo para permanecermos fiéis ao que os Estados Unidos representam."

    Em 6 de junho de 1944, tropas de elite do Exército dos EUA escalaram os penhascos de 30 metros que davam para a praia batizada como Omaha, sob fogo cerrado, e apreenderam peças de artilharia alemã que poderiam ter disparado contra as tropas norte-americanas que desembarcavam em Omaha e na praia vizinha que ganhou o nome de Utah.

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