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    Bolívia e Rússia fortalecem cooperação após reunião de presidentes

    Bolívia e a Rússia “têm posições coincidentes sobre os princípios básicos da ordem mundial”, afirmou Putin

    Árce e Putin (Foto: Prensa Latina )

    Prensa Latina - A Bolívia e a Rússia se preparam para fortalecer a cooperação bilateral, após a reunião realizada na véspera em Kazan, República do Tartaristão, entre os respectivos presidentes Luis Arce e Vladimir Putin.

    “Estamos avançando em uma importante agenda de cooperação em diversos temas, como energia, lítio, comércio, investimentos na área de energia hidrelétrica, resposta a desastres e emergências e energia nuclear”, disse o mandatário sul-americano em suas redes sociais.

    Ambos os chefes de Estado falaram no âmbito da 16ª Cúpula do BRICS, que terminou nesta quinta-feira (24).

    Fontes do Kremlin afirmaram que o presidente do Estado Plurinacional estava acompanhado pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Celinda Sosa, e pela embaixadora boliviana na Rússia, María Luisa Ramos, enquanto Putin participou com o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, e outros membros do seu Governo.

    “A cooperação russo-boliviana baseia-se em boas tradições de amizade e respeito mútuo. Os laços bilaterais estão em constante desenvolvimento em várias esferas, incluindo política, economia, comércio, educação e cultura”, disse Putin, segundo o serviço de imprensa do Kremlin.

    Como resultado concreto da colaboração bilateral, está em curso a construção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear na cidade boliviana de El Alto, considerado o maior projeto de cooperação científica entre a Rússia e os países latino-americanos no domínio das altas tecnologias e no fortalecimento da posição da corporação Rosatom no mercado global.

    No dia 11 de setembro, a Empresa Pública Estratégica Nacional Yacimientos de Litio Bolivianos (YLB) assinou o primeiro contrato de associação acidental com o Grupo Russo Uranium One para produzir 14 mil toneladas de carbonato de lítio por ano no Salar de Uyuni.

    O investimento exigirá um gasto de 970 milhões de dólares e será baseado na utilização da tecnologia de extração direta de lítio (EDL).

    O contrato já foi enviado à Assembleia Legislativa Plurinacional para aprovação.

    A Bolívia constitui uma das maiores reservas de lítio quantificadas e em processo de certificação do mundo, com 23 milhões de toneladas.

    O serviço de imprensa do Kremlin informou que Putin expressou que a Bolívia e a Rússia “têm posições coincidentes sobre os princípios básicos da ordem mundial” e trabalham juntas nas Nações Unidas.

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