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    Câmara dos EUA aprova projeto de lei apoiado por Trump sobre votos de não-cidadãos

    Medida se baseia em acusações de que pessoas que cruzaram a fronteira com o México ilegalmente poderiam depositar votos nas eleições à Presidência e ao Congresso deste ano

    Capitólio de Washington (Foto: Reuters/Erin Scott)

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    WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, controlada pelos republicanos e alimentada pelas alegações falsas de Donald Trump sobre fraude eleitoral, aprovou um projeto de lei nesta quarta-feira proibindo não-cidadãos de se registrarem para votar em eleições federais, um prática rara que já é ilegal.

    Menos de quatro meses antes do confronto entre Trump e o presidente democrata Joe Biden na eleição de 5 de novembro, a Câmara aprovou por 221 votos a 198 a medida que se baseia em acusações de que pessoas que cruzaram a fronteira com o México ilegalmente poderiam depositar votos nas eleições à Presidência e ao Congresso deste ano.

    O projeto de lei agora irá ao Senado, liderado pelos democratas, onde provavelmente vai morrer assim que chegar.

    Batizado de Lei de Proteção à Elegibilidade do Eleitor Americano, o projeto de lei exigiria que as pessoas apresentassem provas de cidadania norte-americana quando estiverem se registrando para votar e obrigaria os Estados a excluir suspeitos de serem não-cidadãos das listas de eleitores.

    Já é crime um não-cidadão votar em uma eleição federal, e estudos independentes demonstraram que esse tipo de coisa acontece apenas raramente.

    Os democratas são contra o projeto de lei, descrevendo-o como uma tentativa de suprimir eleitores que visa eleitorados-chave dos democratas, com uma mensagem inspirada por Trump e calculada para minar a confiança do público no sistema eleitoral dos EUA.

    “O projeto de lei não fará nada para proteger nossas eleições”, afirmou a Casa Branca, em um comunicado nesta semana. “Mas tornaria muito mais difícil para que os norte-americanos elegíveis se registrassem para votar e aumentaria o risco de que eleitores elegíveis sejam excluídos das listas”.

    O presidente da Câmara, Mike Johnson, alegou em um discurso no plenário antes da votação que não apoiar a lei “entregaria nosso país a imigrantes ilegais, traficantes de cartéis e criminosos violentos e assassinos”.

    Trump, que é favor da lei, continua repetindo alegações falsas de que a eleição de 2020 foi roubada por meio de uma imensa fraude eleitoral.

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