Casa Branca nega que Biden esteja com Parkinson após reportagem do New York Times
As preocupações de que o presidente pode estar sofrendo de uma doença não revelada cresceram desde o desempenho hesitante de Biden no debate contra o republicano Donald Trump
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não está sendo tratado para a doença de Parkinson, disse a Casa Branca nesta segunda-feira, após o New York Times publicar uma reportagem dizendo que o registro de visitantes mostra que um médico especialista na doença esteve na Casa Branca pelo menos oito vezes entre agosto do ano passado e março.
As preocupações de que o presidente pode estar sofrendo de uma doença não revelada cresceram desde o desempenho hesitante de Biden no debate de 27 de junho contra o republicano Donald Trump, parecendo frágil e perdendo a linha de raciocínio algumas vezes.
“O presidente foi tratado para Parkinson? Não. Ele está sendo tratado para Parkinson? Não, não está. Ele está tomando remédios para Parkinson? Não”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em um briefing.
Biden está combatendo críticas de alguns democratas de que ele não tem a acuidade mental necessária para ser o candidato do partido na eleição de 5 de novembro contra Trump.
Uma análise do registro de visitantes da Casa Branca mostrou que o médico Kevin Cannard, neurologista e especialista em Parkinson do Centro Médico Nacional Militar Walter Reed, visitou a Casa Branca oito vezes entre agosto e março deste ano.
Cannard se reuniu com o médico da Casa Branca, Kevin O’Connor, na Casa Branca em meados de janeiro, segundo os registros.
Jean-Pierre se recusou a confirmar ou entrar em detalhes sobre as visitas de Cannard no briefing -- durante o qual foi frequentemente questionada pelos repórteres --, dizendo que quer respeitar a privacidade de todos os envolvidos por questões de segurança.
Ela disse que Biden foi visto por um neurologista três vezes para seu exame físico anual. Ela não explicou a presença de Cannard na Casa Branca, mas sugeriu que pode estar relacionada ao tratamento de alguns militares que trabalham no complexo da Casa Branca.
“Há milhares de militares que vão à Casa Branca e eles estão sob os cuidados da unidade médica”, disse.
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