Chefe de política externa da União Europeia confirma que EUA autorizaram ataques mais profundos contra a Rússia
Segundo o diplomata, os ministros das Relações Exteriores da UE debateram a questão
TASS - O principal diplomata da União Europeia Josep Borrell, confirmou que os EUA suspenderam as restrições para que mísseis fornecidos pelos EUA sejam usados em ataques de até 300 quilômetros dentro da Rússia.
"A administração dos EUA autorizou o uso de seus mísseis para atingir até 300 quilômetros dentro do território russo. Não é muito longe, mas é uma decisão da administração dos EUA. Por que eles tomaram essa decisão agora e não antes, antes da eleição, eu não sei", disse ele em uma entrevista coletiva após uma reunião de ministros das Relações Exteriores de estados-membros da UE.
Os americanos disseram "não" por um longo tempo, mas disseram "sim" agora, disse Borrell. De acordo com o diplomata, os ministros das relações exteriores da UE discutiram a questão em sua reunião.
Borrell declarou isso como um fato do qual ele próprio tem conhecimento, e não estava se referindo a nenhuma reportagem da mídia. Há uma regra estrita nas instituições da UE de que vazamentos para a mídia não merecem comentários.
"Nós discutimos isso", disse Borrell. "Não houve uma decisão comum sobre isso hoje. Cada país agirá como achar melhor."
Borrell também disse que sempre pediu o fornecimento à Ucrânia de armas que não apenas permitissem "atirar flechas, mas também atingir os arqueiros".
Anteriormente, Borrell também pediu aos países da UE que "aprendam a linguagem da força se a UE quiser buscar o papel de um ator geopolítico". Mesmo antes da discussão sobre a suspensão das restrições para armas europeias a serem usadas contra a Rússia, ele deixou claro desde o início que duvidava que isso fosse eficaz.
A declaração de Borrell foi o único comentário oficial em Bruxelas na segunda-feira (18) sobre a questão dos ataques contra a Rússia com armas da Otgan.
O Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, também apareceu diante de repórteres na sede da aliança atlântica em Bruxelas na segunda-feira, junto com o Primeiro-Ministro romeno Marcel Ciolacu. Ele dedicou mais da metade de seu discurso ao conflito na Ucrânia e repetiu suas antigas acusações contra a Rússia, Irã, China e Coreia do Norte de cooperação militar, mas Rutte ficou completamente em silêncio sobre o tópico de ataques contra a Rússia e as notícias dos EUA sobre o assunto.
Os repórteres não foram autorizados a fazer perguntas a ele.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a posição de Moscou sobre ataques de mísseis dos EUA dentro do território russo foi claramente delineada pelo presidente russo Vladimir Putin em setembro. De acordo com Peskov, essa decisão marca uma "nova rodada qualitativa" de tensões.
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