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    China condena inclusão de empresas em lista do Pentágono e exige revisão de sanções dos EUA

    Empresas incluídas na lista, como as gigantes Tencent e CATL, refutaram as acusações do Departamento de Defesa dos EUA e classificaram medida como um erro

    Guo Jiakun, porta-voz da chancelaria chinesa (Foto: Ministério das Relações Exteriores da China via CGTN)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - O Ministério das Relações Exteriores da China criticou veementemente, nesta terça-feira (7), a decisão do Departamento de Defesa dos Estados Unidos de incluir diversas empresas chinesas em uma lista de entidades supostamente vinculadas aos militares chineses. Entre as companhias afetadas estão gigantes como Tencent Holdings, CATL, SenseTime e Quectel Wireless Solutions.

    Conforme noticiado pelo Global Times, o porta-voz da chancelaria chinesa, Guo Jiakun, afirmou que o país "se opõe firmemente ao uso excessivo do conceito de segurança nacional" pelos EUA, que, segundo ele, criam listas discriminatórias para conter o desenvolvimento da China. Ele destacou que "o direito ao desenvolvimento do povo chinês não pode ser ignorado ou privado" e garantiu que Pequim tomará todas as medidas necessárias para proteger os direitos legítimos de suas empresas.

    Empresas negam vínculo militar - As empresas incluídas na lista refutaram as acusações e classificaram a medida como um erro. A Tencent declarou à Bolsa de Valores de Hong Kong que não tem relação com o setor militar e que sua inclusão é "um equívoco". A fabricante de baterias CATL e a Quectel Wireless Solutions reforçaram essa posição, destacando que suas atividades se concentram exclusivamente em aplicações civis.

    A SenseTime, conhecida por seu trabalho em inteligência artificial, afirmou que "a decisão do Departamento de Defesa não possui fundamento factual", enquanto a CloudWalk Technology denunciou que a lista é baseada em "especulação infundada" e não afetará substancialmente seus negócios.

    Contexto e repercussão - A lista, conhecida como "Seção 1260H", foi atualizada pelo Pentágono nesta segunda-feira (6), somando agora 134 empresas. Apesar de não impor sanções automáticas, a designação traz um impacto significativo à reputação das companhias e alerta as empresas americanas sobre possíveis riscos em suas relações comerciais.

    Essa medida surge em um contexto de crescente pressão do Congresso dos EUA para que o governo endureça ações contra entidades chinesas sob a justificativa de proteger a segurança nacional. Em contrapartida, a China vê essas iniciativas como tentativas de contenção econômica e tecnológica, intensificando as já tensas relações entre os dois países.

    A inclusão de empresas como Tencent e CATL chamou a atenção, dada a ausência de evidências concretas sobre seus supostos vínculos militares. Por outro lado, seis empresas foram removidas da lista, levantando dúvidas sobre a consistência dos critérios utilizados.

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