Corpo da última pessoa desaparecida é encontrado após naufrágio de iate na Sicília
Os corpos de outros cinco passageiros mortos, incluindo o do bilionário britânico Mike Lynch, foram recuperados na quarta e quinta-feira
Reuters - Mergulhadores de resgate italianos encontraram o corpo da última pessoa desaparecida depois que o iate da família do magnata britânico da tecnologia Mike Lynch afundou na Sicília, disse à Reuters uma fonte próxima ao assunto nesta sexta-feira.
Acredita-se que o último corpo é o da filha do empresário, Hannah.
O Bayesian, de bandeira britânica, um veleiro de luxo de 56 metros de comprimento com 22 passageiros e tripulantes, estava ancorado no porto de Porticello, perto de Palermo, quando virou e afundou rapidamente após ser atingido por uma tempestade antes do amanhecer na segunda-feira.
A fonte não identificou o corpo como sendo de Hannah Lynch, de 18 anos, mas ela era a única pessoa que ainda não havia sido encontrada. A agência de notícias italiana Adnkronos informou que ela foi encontrada dentro do iate.
O naufrágio está a uma profundidade de 50 metros e, uma vez dentro, as passagens são estreitas. Na sexta-feira, o corpo de bombeiros descreveu as operações de resgate como "longas e delicadas" e disse que elas envolveram mais de 400 pessoas, incluindo 28 mergulhadores especializados.
Os corpos de outros cinco passageiros mortos, incluindo Lynch, foram recuperados na quarta e quinta-feira de dentro do iate. O corpo do único membro da tripulação que morreu, o chef de cozinha Recaldo Thomas, foi encontrado próximo ao naufrágio na segunda-feira.
A identificação oficial dos corpos e as autópsias devem começar após a transferência do último corpo recuperado para o necrotério de um hospital em Palermo.
Foi aberta uma investigação judicial sobre o naufrágio, que deixou perplexos os especialistas em marinha naval, que afirmam que um barco como o Bayesian, construído pelo fabricante italiano de iates de alto padrão Perini, deveria ter resistido à tempestade.
O capitão do iate, James Cutfield, os oito membros sobreviventes da tripulação e os passageiros foram interrogados pela polícia, mas não fizeram comentários públicos. Os promotores responsáveis pela investigação devem realizar uma coletiva de imprensa no sábado.
Giovanni Costantino, presidente-executivo do The Italian Sea Group, proprietário da Perini, disse à Reuters que o naufrágio foi resultado de uma série de "erros indescritíveis e irracionais" cometidos pela tripulação, e descartou qualquer falha de projeto ou construção.
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