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    Em meio a esforços por cessar-fogo, prisioneiros palestinos relatam tortura em prisões israelenses

    Desde o início do genocídio, aumentaram os relatos de abusos em prisões como Ktz'iot e no campo militar de Ofer

    Prisioneiros palestinos (Foto: Ag. Brasil )

    247 - Abusos, danos físicos e psicológicos provocados pelas autoridades israelenses aos prisioneiros palestinos ganharam atenção renovada em meio aos esforços de mediadores internacionais durante o mês de dezembro para garantir um cessar-fogo que poderia incluir a libertação de milhares de presos detidos durante a guerra em Gaza e antes, em troca de prisioneiros israelenses mantidos pelo Hamas em Gaza.

    Segundo Qadoura Fares, chefe da Comissão Palestina de Detidos e Ex-Detidos, muitos prisioneiros palestinos detidos "precisarão de cuidados médicos de longo prazo para se recuperar dos abusos físicos e psicológicos que sofreram", relata reportagem da Reuters.

    A Reuters entrevistou palestinos que foram detidos por Israel desde o início do genocídio, após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023. Todos foram mantidos presos por meses, acusados de filiação a uma organização ilegal, mas foram libertados sem serem formalmente acusados ou condenados.

    Eles relataram cicatrizes psicológicas duradouras atribuídas a abusos, como espancamentos, privação de sono e comida, e restrição prolongada em posições de estresse durante a detenção. 

    As descrições deles coincidem com investigações de grupos de direitos humanos, que apontam abusos graves contra palestinos em detenções israelenses.

    Uma investigação publicada pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU em agosto relatou casos de tortura, abuso sexual e estupro em condições desumanas nas prisões desde o início da guerra.

    A Casa Branca chamou os relatos de tortura, estupro e abuso de “profundamente preocupantes”.

    Em resposta às perguntas da Reuters, o exército israelense afirmou estar investigando vários casos de supostos abusos contra detidos de Gaza, mas rejeitou categoricamente as acusações de abusos sistemáticos em suas instalações de detenção.

    Obaiyat está atualmente detido em um pequeno centro de detenção em Etzion, ao sul de Belém, segundo o Clube de Prisioneiros Palestinos. Ele está sob "detenção administrativa" por seis meses, uma forma de prisão sem acusação ou julgamento.

    Campanha contra tortura

    Desde o início do genocídio, aumentaram os relatos de abusos em prisões como Ktz'iot e no campo militar de Ofer. Organizações de direitos humanos acusam Israel de transformar seu sistema prisional em uma "rede de campos de tortura".

    De acordo com Tal Steiner, diretora do Comitê Público Contra a Tortura em Israel, os sintomas relatados pelos ex-detentos são comuns e podem devastar famílias. "A tortura em prisões israelenses explodiu desde 7 de outubro e terá um efeito devastador na sociedade palestina", afirmou.

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