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      Empresa de Hong Kong não assinará acordo para vender portos no Canal do Panamá

      Autoridade reguladora de mercado da China anunciou que realizará uma revisão antitruste do acordo com a BlackRock, dos Estados Unidos

      Terminal portuário adquirido pela Blackrock no Canal do Panamá (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      (Reuters) – A empresa CK Hutchison, de Hong Kong, não assinará na próxima semana o acordo de venda de suas duas operações portuárias próximas ao Canal do Panamá para um grupo liderado pela BlackRock, disseram duas pessoas com conhecimento direto do assunto, em meio ao aumento da pressão por parte de Pequim.

      A autoridade reguladora de mercado da China anunciou que realizará uma revisão antitruste do acordo dos portos do Panamá, conforme a legislação que protege a concorrência justa e o interesse público, segundo comunicado publicado na conta oficial da agência no WeChat na noite de sexta-feira.

      O conglomerado de telecomunicações e varejo, controlado pelo bilionário Li Ka-shing, havia concordado neste mês em vender a maior parte de seu negócio global de portos, avaliado em US$ 22,8 bilhões — incluindo ativos na estratégica região do Canal do Panamá — para um grupo liderado pela BlackRock.

      A assinatura da documentação definitiva para as duas operações portuárias estava prevista para 2 de abril, conforme anunciado em 4 de março.

      Uma das fontes, que preferiu não ser identificada devido à sensibilidade do assunto, limitou-se a dizer que a documentação não será assinada por “motivos óbvios”.

      A mesma fonte destacou que isso não significa o cancelamento do negócio, e que o dia 2 de abril não é um prazo final obrigatório. A segunda fonte, que também falou sob anonimato, confirmou que as negociações continuam em andamento.

      A negociação do pacote completo, que abrange um total de 43 portos em 23 países, ocorre de forma exclusiva entre a CK Hutchison e o consórcio por um período de 145 dias.

      O assunto foi inicialmente noticiado por veículos locais como Singtao Daily e South China Morning Post.

      A CK Hutchison não respondeu de imediato ao pedido de comentário feito pela Reuters.

      O conglomerado foi colocado sob os holofotes de Pequim em razão do caráter altamente politizado do negócio, que pode render mais de US$ 19 bilhões em dinheiro à empresa.

      Os principais índices de Wall Street encerraram a sexta-feira em forte queda, com o Dow Jones recuando 1,7%.

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