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    Estados Unidos também fecham o cerco contra importações da Shein até US$ 50

    Medidas visam reprimir contrabando e competição desleal

    (Foto: Reprodução | Freepik)

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    LOS ANGELES, 6 de junho (Reuters) – Os Estados Unidos começaram uma nova operação contra corretores de alfândega que lidam com grandes volumes de pedidos de compras online baratos de empresas como Shein e Temu, ambas ligadas à China. Essa ação deve causar atrasos nas entregas e criar gargalos, segundo especialistas do setor.

    A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) anunciou recentemente que suspendeu vários corretores de um programa de liberação rápida para essas importações diretas ao consumidor e isentas de impostos, devido a preocupações de que contrabando estaria entrando no país por meio desse sistema. Embora a CBP não tenha especificado quantos corretores foram suspensos, especialistas afirmam que até seis empresas foram afetadas.

    Essa medida faz parte de um esforço maior da CBP, que inclui inspeções mais rigorosas de pacotes em aeroportos dos EUA e revisões de informações eletrônicas enviadas por corretores de alfândega. "Todos os portos de entrada estão sendo afetados, então realmente não há como evitar atrasos", disse Chad Schofield, cofundador da plataforma de logística BoxC, sediada nos EUA.

    A repressão ocorre no momento em que mais de 1 bilhão de pacotes, com valor médio de cerca de US$ 50, estão previstos para chegar aos EUA este ano, impulsionados pela forte demanda dos consumidores por moda rápida produzida por fábricas chinesas, entre outros produtos.

    A gigante do comércio eletrônico Shein, que busca expandir sua participação de mercado antes de abrir capital, e a varejista online Temu, de propriedade chinesa, dependem do processo de liberação acelerada, que está disponível para remessas diretas ao consumidor com valor de US$ 800 ou menos. Corretores de alfândega que participam desse programa enviam informações de envio eletronicamente à CBP, acelerando o processamento.

    Esses corretores de alfândega lidam com a liberação de 62% dessas remessas, um trabalho que, de outra forma, recairia sobre exportadores ou empresas de transporte, segundo Cindy Allen, CEO da consultoria Trade Force Multiplier LLC.

    A Shein não foi encontrada para comentar a situação. A Temu afirmou que suas operações não foram afetadas.

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