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EUA evitam condenar Israel por ataque ao Irã, mas reconhecem: 'aumentou o risco de uma nova escalada de guerra no Oriente Médio'

Denunciado na Corte Internacional de Justiça, o governo israelense continua cada vez mais isolado politicamente

John Kirby (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein)

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247 - A Presidência dos Estados destacou nesta quarta-feira (31) que aumentou o risco de uma escalada para uma guerra mais ampla no Oriente Médio, após o assassinato do líder do Hamas Ismail Haniyeh no Irã provocar ameaças de retaliação contra Israel. O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, se recusou a dizer se os EUA estavam pedindo para as forças israelenses pararem com ataques na região asiática, onde o território iraniano e a Faixa de Gaza são alvos do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

"Não queremos ver uma escalada", disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, a jornalistas em Washington (EUA). "Esses riscos aumentam e diminuem todos os dias. Eles certamente estão em alta. Eles não tornam menos complicada a tarefa de redução da escalada e de dissuasão -- que é o objetivo".

O grupo militante islâmico palestino Hamas e a Guarda Revolucionária do Irã confirmaram a morte de Haniyeh, que havia participado de negociações indiretas com mediação internacional por um cessar-fogo no enclave palestino. A Guarda disse que a morte ocorreu horas depois de ele comparecer a uma cerimônia de posse do novo presidente do Irã.

O governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não mencionou o assassinato de Haniyeh em uma declaração na noite desta quarta-feira pela televisão, mas disse que Israel havia desferido golpes pesados contra representantes do Irã ultimamente, incluindo o Hamas e o Hezbollah, e que responderia com força a qualquer ataque.

A tensão no Oriente Médio aumentou esta semana. Um ataque às Colinas de Golã -- ocupadas por Israel matou 12 crianças e adolescentes no último fim de semana. a região atacada tem fronteira com Síria e com Líbano, dois países árabes

Governos como os da Rússia, da China e do Irã têm relação mais próxima do governo sírio em comparação com os Estados Unidos e países europeus. O Líbano tem em suas forças armadas o grupo islâmico Hezbollah.

Outra entidade do islamismo, Hamas, governa a Faixa de Gaza, onde o genocídio cometidos pelas forças de Israel deixou mais de 40 mil palestinos mortos desde outubro do ano passado, de acordo com números divulgados pelo Ministério da Saúde local (com informações da Reuters).

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