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    Extrema-direita deve vencer eleição francesa, mas sem maioria absoluta

    Projeção do Le Figaro também aponta, além do avanço de Marine Le Pen, o fiasco do bloco do presidente Emmanuel Macron

    (Foto: Reprodução/RFI)

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    247 – A projeção Ifop-Fiducial para o Le Figaro indica que o Rassemblement National (RN), partido de extrema-direita liderado por Marine Le Pen, deve conquistar entre 240 e 270 deputados na Assembleia Nacional. Já o Novo Front Popular (NFP), coalizão de partidos de esquerda, deverá obter entre 180 e 200 cadeiras, enquanto o bloco presidencial de Emmanuel Macron ficaria com apenas 60 a 90 assentos.

    A questão da maioria absoluta, crucial após dois anos de um governo marcado pela maioria relativa do bloco macronista (250 parlamentares), permanece em aberto. Entre o uso repetido do artigo 49.3 da Constituição e várias moções de censura, o presidente Emmanuel Macron afirmou que a ausência de uma maioria clara tem levado ao bloqueio das ações governamentais. "A França precisa de uma maioria clara para agir com serenidade e harmonia", declarou Macron ao anunciar a dissolução da Assembleia Nacional após uma pesada derrota de seu partido nas eleições europeias.

    Projeções para o Segundo Turno

    De acordo com a projeção Ifop-Fiducial, o segundo turno das eleições legislativas, marcado para o próximo domingo, 7 de julho, não deverá ser mais favorável ao presidente. O Rassemblement National, liderado por Marine Le Pen, poderia obter entre 240 e 270 deputados, tornando-se o maior grupo da Assembleia, enquanto o Novo Front Popular (NFP), aliança de partidos de esquerda, ficaria com 180 a 200 representantes, um aumento de pelo menos 30 deputados em relação à antiga Nupes (Nova União Popular Ecológica e Social). A coalizão macronista, Ensemble! (Renaissance, MoDem, Horizons), perderia pelo menos 160 parlamentares, ficando com apenas 60 a 90 cadeiras. Os Republicanos (LR) teriam entre 30 e 50 deputados, uma redução de cerca de dez cadeiras.

    Além disso, entre 13 e 21 deputados independentes de esquerda (DVG), de direita (DVD) e regionalistas completariam a composição do Hémicycle. Portanto, nenhuma maioria absoluta emergiria das urnas no próximo domingo.

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