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Extrema direita pode formar maioria na França neste domingo, diz The Guardian

Jornal britânico aponta que pesquisas eleitorais realizadas às vésperas das eleições legislativas francesas apontam o crescimento do partido de extrema direita Reunião Nacional

Marine Le Pen, French far-right National Rally (Rassemblement National) party candidate, votes in the second round of the French parliamentary elections, at a polling station in Henin-Beaumont, France, June 19, 2022. REUTERS/Johanna Geron (Foto: JOHANNA GERON/Reuters)

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247 - O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, ganhou força nas sondagens finais antes da votação do primeiro turno das eleições legislativas francesas e formar uma maioria parlamentar histórica, uma mudança que poderia transformar radicalmente o cenário político da França,  diz o jornal britânico The Guardian.

Segundo o periódico, duas pesquisas divulgadas na sexta-feira (28) mostraram um aumento significativo no apoio ao RN. Uma pesquisa do jornal Les Echos revelou que o partido poderia obter 37% dos votos nacionais, um aumento de dois pontos em comparação com a semana anterior. Outra pesquisa, realizada pela BFM TV, estima que o RN está a caminho de conquistar entre 260 e 295 assentos parlamentares, o que poderia garantir uma maioria absoluta.

Brice Teinturier, vice-diretor da agência de pesquisas Ipsos, destacou que o RN "não pode apenas prever uma maioria relativa, mas não pode excluir - longe disso - uma maioria absoluta" de 289 deputados.

O aumento do apoio ao  partido de extrema direita ocorre após o presidente Emmanuel Macron antecipar as eleições legislativas, em decorrência da derrota dos seus apoiadores nas eleições parlamentares europeias. A campanha oficial do primeiro turno foi encerrada à meia-noite de sexta-feira, e será retomada na segunda-feira (1), antes do segundo turno decisivo a 7 de julho.

A  Nova Frente Popular (NFP), uma aliança de esquerda dominada pela França Insubmissa (LFI), liderada por Jean-Luc Mélenchon, está com 28% das intenções de voto, enquanto o bloco centrista de Macron, conhecido como Juntos, aparece com 20%. A previsão de assentos é complicada, pois depende dos resultados do segundo turno nos 577 distritos eleitorais da França, muitos dos quais podem ser disputas tripartites afetadas por alianças táticas.

O primeiro-ministro Gabriel Attal expressou o desejo de evitar que "os extremos, especialmente a extrema direita, consigam vencer". Macron, que criticou tanto a esquerda quanto a extrema direita, sugeriu que os parlamentares do Together poderiam apoiar candidatos moderados de esquerda contra a extrema direita. Em uma cúpula da União Europeia, ele criticou a "arrogância" do RN e questionou suas propostas constitucionais e militares.

Se o RN conquistar a maioria, a França poderá enfrentar uma coabitação tensa, com um parlamento dominado por um partido radicalmente oposto ao presidente em quase todos os aspectos. Marine Le Pen sugeriu que a nomeação do próximo comissário europeu da França deveria ser prerrogativa do primeiro-ministro, não do presidente.

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