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    Filho de Trump vai à Groenlândia após presidente eleito afirmar que deseja anexar o território

    Trump confirmou a ida de seu filho ao território em postagem na rede social Truth Social

    Donald Trump - 16/12/2024 (Foto: REUTERS/Brian Snyder)
    Otávio Rosso avatar
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    247 - Donald Trump Jr. tem viagem marcada para a Groenlândia nesta terça-feira (7), uma visita que ocorre poucas semanas após seu pai, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, gerar polêmica ao reafirmar seu desejo de obter o controle do território autônomo dinamarquês, informa a CNN. A informação foi confirmada por Trump em uma postagem no Truth Social, na qual anunciou que seu filho visitará a ilha acompanhado de "vários representantes" para conhecer algumas das "áreas e paisagens mais magníficas" do local.

    Trump também aproveitou a ocasião para reiterar sua intenção de assumir o vasto território ártico, destacando que, caso a Groenlândia se torne parte dos Estados Unidos, ela seria protegida e valorizada. "Eu estou ouvindo que o povo da Groenlândia é 'MAGA'", afirmou, referindo-se ao seu slogan "Make America Great Again" (Faça a América Grande Novamente), em um tom de apoio à ideia de anexação. "A Groenlândia é um lugar incrível, e o povo se beneficiará imensamente se, e quando, ela se tornar parte da nossa nação. Nós a protegeremos e a valorizaremos, contra um mundo exterior muito vicioso. Make Greenland Great Again!" completou.

    O ministério das Relações Exteriores da Dinamarca, por sua vez, declarou que tomou conhecimento da viagem de Trump Jr., mas afirmou que não comentaria mais detalhes, já que a visita "não é uma viagem oficial americana." A reportagem da Reuters citou o secretário permanente de Relações Exteriores da Groenlândia, Mininnguaq Kleist, que classificou o evento como uma "visita privada" e confirmou que o objetivo principal seria gravar material para um podcast.

    Esse movimento de Trump Jr. ocorre no contexto de uma declaração de seu pai no mês passado, em que afirmou que a Groenlândia deveria ser incorporada aos Estados Unidos por ser "uma necessidade absoluta" para fins de "segurança nacional e liberdade em todo o mundo". A proposta de Trump não é nova — durante seu primeiro mandato, ele chegou a sugerir a compra da ilha da Dinamarca, mas a proposta foi rejeitada pelo governo dinamarquês e pelo governo da Groenlândia, que afirmou publicamente que o território "não está à venda".

    O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, reafirmou essa posição em dezembro, em resposta aos comentários de Trump, dizendo que a Groenlândia "não está à venda e nunca estará à venda." O escritório da primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, também se posicionou, qualificando a ideia de compra como "absurda". De acordo com o comunicado, "quanto às declarações sobre a Groenlândia, o escritório da primeira-ministra não tem comentários, além de se referir ao que foi dito pelo primeiro-ministro da Groenlândia sobre a Groenlândia não estar à venda, mas aberta à cooperação."

    A Groenlândia, que abriga a Base Aérea de Thule, a base militar mais ao norte dos Estados Unidos, sempre foi de interesse estratégico para Washington. Em 1946, os Estados Unidos tentaram comprar o território, e em 1867, o secretário de Estado William Seward também manifestou desejo de adquirir a ilha. No entanto, até hoje, as tentativas de controle do território foram infrutíferas.

    Em recente discurso de Ano Novo, o primeiro-ministro da Groenlândia reforçou a pressão por independência da Dinamarca, dizendo que a ilha deveria se libertar "das correntes do colonialismo", sem, no entanto, fazer menção direta aos Estados Unidos.

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