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    Geopolítica supera inflação como principal preocupação dos grandes fundos financeiros

    Foco maior está nas tensões entre China e Estados Unidos

    As bandeiras da China, dos EUA e do Partido Comunista Chinês são exibidas em uma barraca no Mercado Atacadista de Yiwu, em Yiwu, província de Zhejiang, China, em 10 de maio de 2019. (Foto: Reprodução)

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    Reuters – Segundo uma pesquisa da Invesco divulgada nesta segunda-feira, as rivalidades geopolíticas agora superam a inflação como a maior preocupação para os fundos soberanos e bancos centrais que gerenciam cerca de US$ 22 trilhões em ativos. O estudo, que está em seu 12º ano, foi realizado no primeiro trimestre de 2024 e envolveu 83 fundos soberanos e 53 bancos centrais.

    As tensões geopolíticas, incluindo as batalhas comerciais entre Estados Unidos e China, assim como outras restrições comerciais, têm dominado as preocupações dos investidores globais nos últimos anos. Com a diminuição da inflação e quase metade da população mundial votando em novos líderes, essas tensões agora ocupam um lugar central. "Este é, claro, o ano das eleições", afirmou Rod Ringrow, chefe de instituições oficiais da Invesco, destacando que a geopolítica superou a inflação tanto no curto quanto no longo prazo.

    Cerca de 83% dos entrevistados na pesquisa apontaram as tensões geopolíticas como a principal preocupação de curto prazo, superando os 73% que citaram a inflação. Para a próxima década, a fragmentação geopolítica e o protecionismo também estão no topo da lista de preocupações, com 86% dos respondentes.

    No longo prazo, as mudanças climáticas foram listadas como o segundo maior risco. "O clima é agora uma questão mainstream e os processos de investimento para os fundos soberanos e os bancos centrais estão começando a alocar capital para observar isso e ver como isso impacta", explicou Ringrow.

    Os desafios específicos, como a confiscação pelo Ocidente de mais de US$ 300 bilhões em ativos da Rússia em resposta à contínua invasão da Ucrânia por Moscou, também alarmaram os bancos centrais. Um total de 56% deles disse que a "potencial armação" de reservas aumentou o apelo pelo ouro. "Temos visto mais bancos centrais comprando ouro, comprando ouro físico... e uma demanda crescente para tentar manter o ouro, ou parte dele, localmente", disse Ringrow.

    Mais da metade dos entrevistados acredita que os mercados emergentes provavelmente se beneficiarão do aumento da multipolaridade, enquanto 67% dos fundos soberanos esperam que os mercados emergentes igualem ou superem os mercados desenvolvidos. A Índia foi apontada como o mercado mais atrativo, em parte porque seus títulos estão se tornando parte de índices globais de investimento de fácil acesso. Ringrow destacou que outras economias emergentes, incluindo México, Brasil, Indonésia e Coreia do Sul, podem "aproveitar a deslocação no comércio e na atividade econômica".

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