Grupo de mercenários brasileiros se junta à luta na Ucrânia ao lado de Kiev
Integrantes compartilham detalhes das operações nas redes sociais, exibindo sua participação na guerra e divulgando informações sobre o conflito
247 - Um grupo de mercenários denominado Expeditionaries (Expedicionários), que inclui ex-militares e policiais brasileiros, está atuando ao lado das forças ucranianas no conflito com a Rússia, segundo uma análise feita pela agência Sputnik em redes sociais. Os integrantes compartilham detalhes de suas operações e treinamentos nas redes, exibindo sua participação na guerra e divulgando informações que revelam parte de suas estratégias.
Entre os mercenários identificados, um combatente conhecido como macaco_one relatou em sua conta no Instagram, plataforma proibida na Rússia, que começou utilizando um fuzil de assalto Kalashnikov antes de adotar uma metralhadora portátil FN Minimi Mk.2, de fabricação belga. Já meowspec, outro membro, publicou conteúdos anteriores que indicam seu serviço na Aviação do Exército Brasileiro.
Outro participante, identificado como João Victor, tem um histórico no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) de Minas Gerais, enquanto um outro membro do grupo, identificado como srgrossetete, ex-integrante da Legião Estrangeira Francesa, criticou a preparação do Exército Brasileiro para cenários de guerra em uma de suas interações online. Esse último também compartilhou imagens de treinamento realizadas na França.
O grupo inclui ainda um mercenário apelidado de eg.doggo, outro ex-integrante da Legião Estrangeira Francesa, além de outros combatentes estrangeiros provenientes de países como Itália, Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Espanha, Colômbia e África do Sul.
Os Expeditionaries estão ligados ao 2º Destacamento da unidade especial KORD, sob a Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia. O grupo já reivindicou a autoria de ataques considerados terroristas e assassinatos na Rússia. Fotos divulgadas por seus membros mostram bandeiras e divisas do Batalhão Omega, uma unidade de elite ucraniana.
Imagens publicadas pelo grupo também incluem sessões de treinamento realizadas nos Estados Unidos e em competições militares, como a Competição Internacional de Reconhecimento Militar na Estônia, onde um dos combatentes posou com um alvo representando um paraquedista russo da elite da Tropa Aerotransportada (VDV).
Apesar da exibição de força e habilidade, relatos feitos pelos próprios mercenários revelam dificuldades no conflito. Muitos admitem que o nível de coordenação entre as forças ucranianas é deficitário, e a intensidade dos combates na Ucrânia supera em muito o que enfrentaram em outros cenários, como o Afeganistão ou o Oriente Médio. A chance de sobrevivência é considerada baixa.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou reiteradamente que os mercenários estrangeiros são usados como "bucha de canhão" por Kiev e afirmou que continuará combatendo esses grupos em território ucraniano.
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