Putin se declara pronto para conversar ou se encontrar com Trump a qualquer momento

247 – Em um pronunciamento que demonstra abertura ao diálogo com a futura liderança dos Estados Unidos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reiterou sua disposição em conversar com o ex-presidente norte-americano Donald Trump a qualquer hora. As declarações foram feitas durante uma sessão anual de perguntas e respostas com jornalistas, que também serviu como coletiva de imprensa de fim de ano. A informação foi originalmente divulgada pela agência de notícias russa TASS.

Segundo a TASS, ao ser questionado por um jornalista norte-americano sobre a possibilidade de encontro com Trump, Putin destacou: "Estou pronto para isso [a conversa], é claro, a qualquer momento. E também estarei pronto para um encontro, se ele quiser." O líder russo, porém, ressaltou não ter previsão de quando essa reunião poderia acontecer. "Antes de tudo, não sei quando nos encontraremos. Porque ele não diz nada sobre isso. Não falo com ele há mais de quatro anos", acrescentou, reconhecendo o hiato de diálogo desde o término do mandato anterior de Trump.

Além disso, o Kremlin, por meio de sua porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, já havia indicado disponibilidade para interagir com Washington sobre a crise na Ucrânia. No entanto, segundo Zakharova, o governo russo não recebeu qualquer proposta séria da equipe de Trump nesse sentido. A diplomata afirmou que recentemente o ministério tem sido frequentemente indagado sobre a disposição de Moscou em dialogar com o ex-presidente norte-americano e sua equipe, sinalizando que a expectativa de conversas concretas ainda permanece no campo da especulação.

A declaração de Putin ocorre em um momento de tensões globais, em que as relações entre Moscou e Washington enfrentam desafios significativos. A possibilidade de retomada de canais de comunicação com líderes estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos, pode desempenhar um papel crucial nos esforços para reduzir desentendimentos geopolíticos e encontrar soluções pacíficas para conflitos em curso, como o ucraniano.