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      Irã coloca forças armadas em alerta máximo após ameaças de Trump

      Líder Supremo do Irã rejeita diálogo direto com os EUA e adverte países vizinhos sobre apoio a eventual ataque norte-americano

      Ali Khamenei (Foto: Paulo Emílio)
      José Reinaldo avatar
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      247 - As forças armadas do Irã foram colocadas em alerta máximo por ordem do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país, diante das ameaças feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters, que ouviu uma autoridade iraniana sob condição de anonimato. Segundo essa fonte, o país também advertiu nações vizinhas contra qualquer colaboração com possíveis ações militares norte-americanas.

      “Qualquer apoio a um ataque dos EUA ao Irã, inclusive o uso de espaço aéreo ou território por militares norte-americanos, será considerado um ato de hostilidade”, disse a autoridade iraniana. “Tal ato terá consequências severas para eles”, completou.

      A movimentação ocorre em um momento de tensão entre Teerã e Washington. Ainda segundo a Reuters, o Irã rejeitou propostas de negociações diretas com os Estados Unidos sobre o acordo nuclear, mas indicou disposição para manter conversas indiretas por meio de Omã — país que historicamente tem funcionado como canal de comunicação entre os dois rivais.

      “Conversas indiretas oferecem uma chance de avaliar a seriedade de Washington sobre uma solução política com o Irã”, declarou a fonte ouvida pela agência.

      As hostilidades vêm se acumulando desde que o presidente Trump afirmou, em 7 de março, ter enviado uma proposta ao aiatolá Khamenei com o objetivo de retomar negociações. No entanto, no final de março, o líder norte-americano endureceu o tom, prometendo impor novas tarifas ao Irã em até duas semanas, caso as negociações fracassem. Trump também ameaçou o país persa com “bombardeios sem precedentes” se houvesse rejeição total do acordo.

      A resposta iraniana foi imediata. O líder supremo afirmou que não acredita na realização de uma intervenção militar direta por parte dos EUA, mas alertou que qualquer tentativa de desestabilizar o país será firmemente rechaçada. “Se tentarem provocar agitação no Irã, serão decisivamente repelidos”, declarou Khamenei.

      A advertência iraniana foi encaminhada a diversos países do Oriente Médio, incluindo Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Catar, Turquia e Bahrein — todos com laços estratégicos com Washington e que poderiam, de algum modo, ser envolvidos em uma eventual operação militar contra Teerã.

      Com a região novamente sob forte tensão geopolítica, a escalada verbal entre os dois países reacende temores de um novo conflito de grandes proporções no Oriente Médio. Enquanto isso, Omã, que tem se mantido como ponte diplomática em momentos de crise, pode ser o último canal para evitar um confronto aberto entre Washington e Teerã.

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