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    Irã culpa Israel e Turquia critica Assad antes de nova cúpula de paz sobre a Síria

    Síria vem sofrendo com o avanço terrorista em diversas províncias

    Fumaça perto de edifícios residenciais em uma foto tirada por um drone em Aleppo, Síria, 3 de dezembro de 2024 (Foto: REUTERS/Mahmoud Hasano)

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    247 - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, confirmou nesta terça-feira (3) que Irã, Turquia e Rússia provavelmente realizarão conversações no formato de Astana sobre a situação na Síria, em Doha, Catar, nos dias 7 e 8 de dezembro.

    O jornal turco Hurriyet informou mais cedo, citando fontes não identificadas, que uma reunião no formato de Astana sobre a Síria estava planejada para sexta-feira em Doha, e que os preparativos para o encontro estavam em andamento. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse à Sputnik que a possibilidade do encontro estava sendo discutida.

    "A reunião dos ministros das Relações Exteriores do Irã, Rússia e Turquia provavelmente será realizada em Doha no início da próxima semana [iraniana], ou seja, nos dias 7 e 8 de dezembro, dentro do formato de Astana", afirmou Araghchi, citado pela agência de notícias iraniana Fars.

    No fim de semana, o Catar sediará o Fórum de Doha, que promove o diálogo político entre líderes mundiais sobre desafios críticos.

    O formato das conversas de Astana foi lançado em 2017. Ele inclui Rússia, Irã e Turquia como países garantidores do processo de resolução da crise síria, bem como representantes do governo e da oposição sírios, a ONU e países observadores: Jordânia, Líbano e Iraque.

    Mais cedo, na segunda-feira (2), o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, depois de se reunir com o seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, para conversações de emergência em Ancara, disse que a crise na Síria é o resultado da recusa do presidente Bashar al-Assad em iniciar um diálogo político com a oposição. Ele também negou que a causa do avanço terrorista no país seja uma suposta interferência externa. Araghchi, por sua vez, culpou a intervenção de Israel pela crise, segundo informações do The Guardian. 

    Ainda na segunda-feira, dezenas de pessoas protestam em frente à Embaixada da Turquia em Teerã em meio ao aumento da atividade de grupos terroristas na Síria, informou um correspondente da Sputnik.

    Os manifestantes carregavam bandeiras sírias e entoam slogans anti-Israel, anti-EUA e anti-Turquia. Eles acusam a liderança turca de estar envolvida na escalada do conflito sírio.

    O grupo terrorista Hayat Tahrir al-Sham (anteriormente conhecido como Frente Nusra) e diversos outros grupos armados lançaram uma operação de grande escala contra o governo sírio em 29 de novembro, avançando do norte da região noroeste de Idlib em direção às cidades de Aleppo e Hama. Um dia depois, Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, ficou sob controle total dos militantes pela primeira vez desde o início do conflito no país em 2011.

    O comando do exército sírio anunciou em 1º de dezembro que o avanço dos terroristas na região de Hama havia sido interrompido, e que as tropas do governo, que contam com apoio russo e iraniano, haviam lançado uma contraofensiva, retomando o controle de diversos assentamentos anteriormente ocupados pelos militantes. (Com informações da Sputnik). 

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