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    Irã promete resposta 'definitiva e decisiva' a Israel em reunião com Brasil e outros países

    "A República Islâmica do Irã escolherá por si mesma como responder à agressão israelense", disse o chanceler Ali Bagheri

    Funeral do líder do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã (Foto: Divulgação via Reuters)

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    247 - Durante um encontro promovido pelo governo iraniano com a comunidade diplomática, as autoridades de Teerã sinalizaram que responderão a Israel pela morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, ocorrida há uma semana na capital iraniana. A reunião, que ocorreu na segunda-feira (5), contou com a presença de representantes de países estrangeiros, incluindo o Brasil. Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL, o chanceler iraniano, Ali Bagheri, enfatizou que haverá uma resposta iraniana, embora não tenha especificado o momento exato em que isso acontecerá. 

    O chanceler iraniano classificou a ação de Israel como "um recurso ilegal à força" e afirmou que "tal agressão não pode ficar sem resposta". "Está absolutamente claro que tal agressão não pode ficar sem resposta. O ato terrorista do regime sionista contra cidadãos e interesses iranianos dentro do país autorizou e deu à República Islâmica do Irã o direito de defender seus interesses, sua integridade territorial e seus direitos soberanos", disse. "Nossa resposta será definitiva e decisiva. A República Islâmica do Irã escolherá por si mesma como responder à agressão israelense", ressaltou o diplomata, de acordo com a reportagem. 

    Ali Bagheri também criticou a falta de ação da comunidade internacional em relação aos crimes em Gaza, afirmando que isso encoraja ainda mais os agressores a avançar com planos de genocídio e destruição da Palestina. Ele ressaltou que o assassinato de Ismail Haniyeh deve ser visto no contexto de um projeto de genocídio palestino, que envolve tanto massacres de civis quanto o assassinato de líderes.

    Para o chanceler, Israel busca sobreviver promovendo o belicismo e espalhando conflitos na região. O assassinato de Haniyeh em Teerã e de Fuad Shukr em Beirute são vistos como crimes interligados com os acontecimentos na Palestina ocupada. O chanceler destacou que o assassinato de Haniyeh no território iraniano foi uma violação da soberania nacional e da segurança do Irã, dado que ele era um convidado oficial do país.

    Ele afirmou, ainda, que as operações militares disfarçadas como "assassinatos seletivos" são, na verdade, terrorismo de Estado e violação do direito internacional, e que a resposta iraniana será definitiva e decisiva.

    Desde domingo (4), os Estados Unidos têm alertado seus aliados sobre um possível ataque iraniano iminente e iniciaram esforços para restabelecer uma aliança capaz de interceptar qualquer ofensiva de Teerã.

    A agência de notícias Reuters informou que o presidente russo Vladimir Putin conversou com o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, solicitando que a retaliação não cause a morte de civis israelenses, temendo que uma resposta possa desencadear uma guerra regional.

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