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    Israel diz que ataque do Hezbollah foi frustrado, mas situação na fronteira com Líbano "não é sustentável"

    Hezbollah negou que sua resposta ao assassinato de seu comandante sênior Fuad Shukr tenha sido neutralizada

    Ataque do Hezbollah no norte de Israel 25/8/2024 (Foto: REUTERS/Ammar Awad)

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    (Reuters) - As autoridades e a imprensa de Israel reagiram com satisfação nesta segunda-feira depois que um ataque com mísseis do Hezbollah, movimento apoiado pelo Irã, que era esperado há muito tempo, parece ter sido amplamente frustrado por ataques preventivos de Israel no sul do Líbano.

    Tanto o Hezbollah quanto Israel pareciam satisfeitos em deixar que o ataque de domingo, em retaliação à morte de um comandante sênior do Hezbollah em Beirute no mês passado, fosse considerado como resolvido por enquanto.

    O porta-voz do governo israelense David Mencer disse que o Hezbollah havia sofrido um "golpe esmagador" dos ataques israelenses, mas que ainda era necessária uma solução mais duradoura.

    "A situação atual não é sustentável", afirmou em um briefing de imprensa, referindo-se às dezenas de milhares de pessoas retiradas de suas casas no norte de Israel, uma situação que se reflete no outro lado da fronteira, no sul do Líbano. "Israel cumprirá seu dever e devolverá sua população ao nosso território soberano."

    As esperanças de que as crianças pudessem retornar para o início do novo ano letivo em setembro evaporaram. A assistência financeira para os moradores retirados de suas casas foi estendida até 31 de dezembro.

    No entanto, houve certo otimismo de que a troca de disparos, que não causou o tipo de dano extenso que muitos em Israel temiam, poderia ajudar nas negociações com o objetivo de interromper os combates em Gaza e trazer de volta os reféns israelenses e estrangeiros.

    O grupo militante palestino Hamas disse que não concordará com um acordo que permita que tropas israelenses permaneçam no extremo sul da Faixa de Gaza, ao longo da fronteira com o Egito. Mas alguns analistas disseram que a troca de disparos de domingo pode provar que o Hamas não tem o tipo de apoio necessário para levar o conflito para fora de Gaza.

    "Talvez - apenas talvez - o sucesso de Israel em frustrar a retaliação do Hezbollah possa abrir caminho para concessões por parte do Hamas nas negociações sobre um acordo de reféns, dada a tentativa fracassada de ver a guerra expandida para engolfar toda a região", escreveu Avi Issacharoff, comentarista do jornal mais vendido de Israel, o Yedioth Ahronoth.

    Nas primeiras horas da manhã de domingo, cerca de 100 jatos israelenses atingiram dezenas de locais de lançamento do Hezbollah no sul do Líbano, destruindo milhares de foguetes que, segundo os militares, estavam apontados para Israel. O Hezbollah acabou lançando centenas de mísseis, mas a maioria foi interceptada ou caiu em áreas abertas.

    O Hezbollah negou que sua resposta ao assassinato de seu comandante sênior Fuad Shukr tenha sido neutralizada, mas disse que a operação havia sido concluída com sucesso, dando esperanças de que uma linha possa ser traçada sob o incidente, pelo menos por enquanto.

    O Irã, que prometeu retaliação contra Israel pelo assassinato em Teerã, no mês passado, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, também disse que não pretendia alimentar as tensões regionais.

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