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      Israel intensifica genocídio e já controla mais da metade da Faixa de Gaza

      Após violação do cessar-fogo e retomada da ofensiva militar, Israel amplia ocupação da Palestina

      Genocídio em Gaza (Foto: Reuters)
      José Reinaldo avatar
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      247 - Israel ampliou substancialmente o controle territorial sobre a Faixa de Gaza após violar o cessar-fogo e intensificar sua ofensiva militar contra os palestinos. De acordo com a Associated Press, o Exército de Israel agora domina mais de 50% da Faixa de Gaza. Este avanço é marcado por destruição em massa áreas residenciais, campos agrícolas e infraestrutura civil e ações de limpeza étnica.

      A maior parte do território sob ocupação contínua se localiza ao longo da fronteira com Israel, onde bairros inteiros foram arrasados, tornando-se inabitáveis, segundo relatos de soldados israelenses e organizações de direitos humanos. A chamada zona de segurança, que já existia nas primeiras semanas da guerra, praticamente dobrou de tamanho nas últimas semanas.

      Os militares israelenses dizem que os palestinos nunca voltarão às suas terras e casas. 

      Nesta segunda-feira (7), foi divulgado um novo relatório da organização de veteranos israelenses “Breaking the Silence”. O documento sustenta que há uma política deliberada de destruição para preparar o terreno para o controle territorial de longo prazo por parte de Israel.

      O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem reiterado que Israel manterá o controle de segurança sobre Gaza. Em declarações recentes, ele afirmou que o país incentivará a emigração dos palestinos, uma posição que também conta com o apoio do presidente dos EUA, Donald Trump. “Após eliminarmos o Hamas, manteremos o controle da segurança em toda a Faixa de Gaza e trabalharemos para facilitar a saída voluntária dos palestinos”, declarou Netanyahu. 

      A expansão israelense envolve ainda o chamado Corredor Netzarim, um eixo estratégico que separa o norte e o sul de Gaza, e que, junto à zona tampão, cobre ao menos metade do território palestino, segundo o professor Yaakov Garb, especialista em uso da terra entre israelenses e palestinos. Netanyahu também anunciou a intenção de criar um novo corredor para isolar a cidade de Rafah, no extremo sul, onde se concentra a maior parte da população deslocada pela guerra.

      Antigas zonas densamente povoadas agora são escombros; áreas agrícolas foram destruídas; novas bases militares israelenses surgiram em seu lugar. Organizações de direitos humanos alertam que essa política pode configurar crime de guerra e limpeza étnica, uma vez que palestinos impedidos de retornar a suas terras estão sendo, na prática, removidos à força.

      O plano de “emigração voluntária”, associado à destruição em larga escala, tem sido denunciado por especialistas e defensores dos direitos humanos como parte de uma estratégia de deslocamento populacional em massa.

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