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    Jordânia diz a Blinken que ação de Israel em Gaza constitui limpeza étnica

    Secretário de Estado dos EUA diz que é imperativo alcançar solução diplomática no Líbano

    Antony Blinken e Ayman Safadi em Londres, 25/10/2024 (Foto: REUTERS/Nathan Howard)

    Por Humeyra Pamuk

    LONDRES (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira que há um real senso de urgência em se chegar a uma resolução diplomática para pôr fim ao conflito no Líbano entre Israel e o Hezbollah, grupo alinhado ao Irã, ao mesmo tempo em que pede a proteção dos civis.

    Falando perto dele antes de uma reunião bilateral em Londres, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, disse a Blinken que está ocorrendo uma limpeza étnica no norte de Gaza, onde as forças israelenses intensificaram sua campanha militar nas últimas semanas.

    O principal diplomata dos EUA está no Reino Unido junto a líderes árabes, após uma turnê pelo Oriente Médio nesta semana, sua primeira visita à região desde que Israel matou o líder do Hamas, Yahya Sinwar, suspeito de ser o mentor do ataque do grupo a Israel em 7 de outubro de 2023 que desencadeou um conflito em toda a região.

    Washington, aliado próximo de Israel, expressou esperança de que a morte de Sinwar possa dar um impulso para o fim dos combates em Gaza.

    Blinken também manteve conversações nesta semana para avançar nos esforços para encontrar uma solução diplomática no Líbano, onde Israel lançou uma campanha terrestre e intensificou o ataque aéreo contra o Hezbollah no último mês que deslocou 1,2 milhão de pessoas.

    Mais cedo na sexta-feira, Blinken se encontrou com o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, em Londres.

    "Temos um senso de urgência real em chegar a uma resolução diplomática e à implementação completa da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, de modo que possa haver segurança real ao longo da fronteira entre Israel e Líbano", disse Blinken, referindo-se a uma resolução em vigor após a última grande guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006.

    "Enquanto isso, queremos... ver os civis protegidos. Queremos nos certificar de que as Forças Armadas libanesas não sejam pegas no fogo cruzado", declarou ele.

    Israel diz que seu objetivo no Líbano é tornar seguro o retorno de dezenas de milhares de israelenses às suas casas no norte de Israel, após fuga sob fogo do Hezbollah, que tem disparado foguetes através da fronteira em apoio aos palestinos desde o início da guerra de Gaza.

    Israel tem usado ataques aéreos para bombardear o sul do Líbano, os subúrbios do sul de Beirute e o Vale de Bekaa, e enviou forças terrestres para áreas próximas à fronteira.

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