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      Juiz de imigração dos EUA autoriza deportação de Mahmoud Khalil por protesto pró-Palestina; obstáculos legais permanecem

      Decisão contra ativista palestino da Universidade de Columbia gera debates sobre liberdade de expressão nos EUA

      Manifestantes muçulmanos rezam do lado de fora do campus principal da Universidade de Columbia durante uma manifestação para denunciar a prisão de Mahmoud Khalil, um ativista pró-palestino que ajudou a liderar protestos contra Israel na universidade, na cidade de Nova York. (Foto: REUTERS/David Dee Delgado)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - Um juiz de imigração em Louisiana determinou nesta sexta-feira (11) que o governo Trump pode prosseguir com a deportação de Mahmoud Khalil, estudante de pós-graduação da Universidade de Columbia e residente permanente legal nos Estados Unidos. 

      A decisão baseia-se em um estatuto raramente utilizado que permite a deportação de não cidadãos cujas atividades sejam consideradas prejudiciais à política externa americana. ​

      A ordem de deportação, no entanto, não é definitiva. O juiz federal Michael Farbiarz, de Nova Jersey, emitiu anteriormente uma ordem temporária impedindo a remoção de Khalil enquanto questões constitucionais, incluindo possíveis violações dos direitos à liberdade de expressão e ao devido processo legal, são avaliadas. ​

      Khalil foi detido em março por agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE) em seu apartamento em Nova York, como parte de uma iniciativa da administração Trump para reprimir manifestações pró-Palestina em campi universitários. O secretário de Estado, Marco Rubio, justificou a ação citando uma seção da Lei de Imigração e Nacionalidade que permite a deportação de indivíduos cuja presença possa ter "sérias consequências adversas para a política externa dos Estados Unidos". ​

      Os advogados de Khalil argumentam que ele está sendo alvo por exercer seu direito constitucional à liberdade de expressão. Eles destacam que o governo não apresentou evidências concretas de atividades ilegais ou ligações com grupos extremistas. A defesa planeja recorrer da decisão e continuar a luta nos tribunais para garantir que os direitos de Khalil sejam protegidos. ​

      O caso levanta preocupações sobre o uso de leis de imigração para silenciar dissidentes políticos e restringir a liberdade de expressão nos Estados Unidos. Organizações de direitos civis e acadêmicos estão acompanhando de perto o desenrolar dos acontecimentos, temendo que esta decisão possa estabelecer um precedente perigoso para outros ativistas e estudantes internacionais no país. ​

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