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    Justiça absolve 28 réus do 'Panama Papers'

    Decisão também absolve todos os acusados no caso da Lava Jato, em que os promotores acusaram o escritório de advocacia Mossack Fonseca de lavar dinheiro de empreiteiras brasileiras

    Mossack Fonseca (Foto: Reuters)

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    RFI - Um tribunal panamenho absolveu 28 pessoas acusadas de lavagem de dinheiro relacionada ao escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, na sexta-feira (28), inclusive os fundadores, um deles recentemente falecido. O extinto escritório Mossack Fonseca estava no centro do escândalo internacional "Panama Papers", que veio à tona em 2016. A juíza Baloísa Marquínez os absolveu do "crime contra a ordem econômica na forma de lavagem de dinheiro".

    O extinto escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca estava no epicentro do escândalo internacional "Panama Papers", que veio à tona em 2016.

    Entre os absolvidos estão os fundadores do escritório, Jurguen Mossack e Ramón Fonseca, que morreu no mês passado em um hospital panamenho.

    No julgamento, realizado em abril na Cidade do Panamá, a promotoria pediu a pena máxima, de 12 anos de prisão, para Mossack e Fonseca. Mas a juíza considerou que as provas obtidas nos computadores do escritório de advocacia não permitiram "ter certeza da sua autenticidade e integridade".

    Além disso, Baloísa avaliou que "as provas restantes não eram suficientes e conclusivas para determinar a responsabilidade criminal dos acusados", explicou em um comunicado. A juíza também determinou "o levantamento das medidas cautelares pessoais e reais contra todos os processados".

    O caso Panama Papers - Alguns analistas haviam alertado que a evasão fiscal não era um crime no Panamá na época das revelações sobre os "Panama Papers".

    A decisão também absolve todos os acusados no caso "Lava Jato" do Brasil, em que os promotores acusaram o escritório de advocacia panamenho de lavar dinheiro de subornos pagos por empresas de construção civil brasileiras, incluindo a Odebrecht, para que funcionários de vários países latino-americanos facilitassem a obtenção de contratos. Como os crimes e os réus eram os mesmos, a Justiça decidiu juntar os casos "Panama Papers" e "Lava Jato" em um único caso.

    No parte brasileira do escândalo, também não foi possível estabelecer que dinheiro de fontes ilícitas tenha entrado no sistema financeiro panamenho, de acordo com a decisão da juíza.

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