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      Líderes empresariais globais reafirmam confiança na China como oásis de estabilidade

      Em meio ao avanço do protecionismo, executivos internacionais destacam papel da China como polo de inovação

      A Conferência do Fórum de Boao 2025 foi aberta em 27 de março (Foto: Xinhua)
      Redação Brasil 247 avatar
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      Xinhua — Em um cenário global marcado por incertezas e crescente protecionismo, a China se consolida como uma referência de estabilidade econômica e um destino estratégico para investimentos estrangeiros. A avaliação é compartilhada por mais de 40 líderes empresariais internacionais que se reuniram na última sexta-feira com o presidente chinês Xi Jinping, durante o Fórum de Desenvolvimento da China 2025, realizado em Pequim.

      A reportagem original é da agência estatal chinesa Xinhua, que acompanhou o encontro e destacou o otimismo dos representantes de multinacionais que também participam da Conferência Anual do Fórum de Boao para a Ásia, na província de Hainan. Os executivos enfatizaram a atratividade do mercado chinês, sua infraestrutura industrial completa, o vasto ecossistema de aplicações tecnológicas, o tamanho de seu mercado consumidor e a disponibilidade de talentos qualificados.

      Investir na China é investir no futuro

      A política de reforma e abertura da China segue atraindo a atenção global. Empresas estrangeiras vêm se beneficiando da estabilidade e da política de alta abertura do país, aproveitando a força da segunda maior economia do mundo para expandir negócios e cooperar em inovação tecnológica.

      "Temos muito orgulho de desempenhar um papel no desenvolvimento da China, conectando o país ao mundo", afirmou Sean Stein, presidente do Conselho Empresarial EUA-China. Ele ressaltou que o país asiático se tornou o segundo maior mercado consumidor global, oferecendo amplas oportunidades para empresas multinacionais.

      Dados da Xinhua mostram que, somente em 2024, foram abertas 59.080 novas empresas com investimento estrangeiro na China, um crescimento de 9,9% em relação ao ano anterior. Além disso, a taxa média de retorno do investimento direto estrangeiro nos últimos cinco anos ficou em torno de 9%, uma das mais elevadas do mundo.

      Hamid R. Moghadam, CEO da Prologis, destacou: "Investimos em infraestrutura que apoia o consumo doméstico. Um consumidor chinês próspero é bom para os nossos negócios". Já Christian Hartel, presidente da Wacker Chemie AG, reforçou: "Estamos há mais de 30 anos na China. É um mercado muito grande, com muitas oportunidades no passado, no presente e no futuro — é por isso que estamos aqui".

      Foco em inovação e desenvolvimento sustentável

      Com a aprovação de um novo plano de ação para estabilizar o investimento estrangeiro em 2025, a China incentiva a participação de empresas internacionais em sua nova industrialização, especialmente em setores de alta tecnologia. A ênfase na inovação como motor do crescimento sustentável é um dos pontos mais valorizados pelos investidores.

      "Hoje há múltiplos sinais de otimismo nos investimentos", afirmou Jean-Pascal Tricoire, presidente da Schneider Electric. Ele ressaltou que o compromisso da China com o desenvolvimento verde se alinha às metas de sustentabilidade da empresa.

      Geoff Martha, CEO da Medtronic, declarou que a China não é apenas um mercado estratégico, mas também um polo de inovação e colaboração. “Seguimos comprometidos com o país, com investimentos voltados à inovação e ao desenvolvimento da saúde global”, disse.

      A Mercedes-Benz, por sua vez, celebrou em 2024 a produção de seu veículo de número 5 milhões na joint venture com a Beijing Automotive Group. Em setembro do mesmo ano, a empresa alemã anunciou, junto com seus parceiros chineses, um novo aporte de 14 bilhões de yuans (aproximadamente 1,92 bilhão de dólares) para expandir sua atuação na região. "A vantagem competitiva da China está na sua paixão pela inovação", afirmou Ola Kallenius, CEO do grupo Mercedes-Benz.

      Colaboração aberta para um futuro compartilhado

      Diante de um cenário global desafiador, com aumento do unilateralismo e do protecionismo, a China vem reiterando seu compromisso com a abertura de alto nível, buscando manter o comércio e o investimento externo estáveis.

      "Hoje vemos um ambiente global repleto de incertezas. Precisamos da estabilidade, previsibilidade e consistência que a China oferece", afirmou Amin H. Nasser, CEO da Aramco.

      Vincent Clerc, CEO da A.P. Moller-Maersk, também destacou o papel da China como âncora de estabilidade: “Em tempos de incerteza, o compromisso do presidente Xi e do governo chinês com o multilateralismo e a criação de um campo de jogo justo são mensagens muito poderosas”.

      Jon Abrahamsson Ring, CEO do grupo Inter IKEA, foi além: "Estamos na China há pouco mais de 60 anos e já planejamos os próximos 60. Temos plena confiança no país e na parceria entre China e IKEA".

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