Luigi Mangione se declara inocente em caso de assassinato de CEO nos EUA
Acusado enfrenta processos estadual e federal e pode ser condenado à pena de morte
247 - Luigi Mangione, de 26 anos, acusado de assassinar Brian Thompson, CEO da seguradora UnitedHealth, declarou-se inocente nesta segunda-feira (23) durante audiência na Justiça estadual de Nova York. A sessão marca o início de um processo paralelo ao julgamento federal, onde Mangione enfrenta a possibilidade de ser condenado à pena de morte, destaca o G1.
Preso na Pensilvânia há duas semanas, Mangione foi formalmente acusado por promotores de Manhattan de homicídio como ato de terrorismo. Na audiência estadual, foi informado que ele responderá a acusações de homicídio de primeiro e segundo graus. Caso seja condenado no âmbito estadual, a pena máxima é prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Brian Thompson foi morto a tiros no dia 4 de dezembro, em frente a um hotel de luxo em Nova York. Cinco dias após o crime, Mangione foi capturado em uma unidade do McDonald’s, na Pensilvânia, portando uma identidade falsa e uma pistola que, segundo a polícia, teria sido fabricada com peças produzidas em uma impressora 3D.
Além da arma, os investigadores encontraram com Mangione um manifesto escrito à mão, no qual ele expressava raiva contra empresas de seguros de saúde, chamando-as de “parasitárias”. As autoridades acreditam que o documento, com cerca de três páginas, está relacionado ao crime.
Perfil do acusado
Luigi Mangione é natural de Maryland e estudou em escolas de elite antes de ingressar na Penn State University, onde cursou ciência da computação com foco em inteligência artificial. De acordo com amigos e colegas, ele sofria de dores crônicas nas costas, que impactavam sua vida diária, mas ainda não está claro se esse fator influenciou o ato criminoso.
Em suas redes sociais, Mangione demonstrava admiração por Ted Kaczynski, conhecido como Unabomber, e frequentemente criticava o uso de smartphones por crianças. Apesar de sua formação acadêmica de destaque, a polícia revelou que ele estava vivendo em Honolulu, no Havaí, antes do crime. Amigos descreveram Mangione como “um cara legal”, mas se disseram chocados com as acusações.
Motivações e ligação com a vítima
Apesar de as investigações apontarem um possível ódio de Mangione às seguradoras, a UnitedHealth afirmou que ele não era cliente da empresa. A polícia segue analisando os possíveis motivos por trás do crime, enquanto os promotores avançam nos processos estadual e federal.
A defesa de Mangione ainda não comentou as acusações. O caso segue mobilizando atenção nos Estados Unidos, especialmente pela possibilidade de pena de morte em julgamento federal.
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