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    Macron sobre prisão do dono do Telegram na França: "não foi uma decisão política"

    Presidente da França disse que a prisão de Pavel Durov ocorreu como parte de uma investigação judicial para garantir o respeito aos direitos fundamentais

    Emmanuel Macron (Foto: Kay Nietfeld/Pool via Reuters)

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    247 - O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira (26) que a prisão do dono do Telegram, Pavel Durov, na França ocorreu como parte de uma investigação judicial, e não foi uma decisão política, com o sistema de Justiça agindo de forma independente para fazer cumprir a lei e proteger os direitos dos cidadãos franceses. 

    No último sábado (24), Pavel Durov, nascido na Rússia e cidadão de vários países, incluindo a França, foi detido em um aeroporto de Paris sob acusações relacionadas ao uso criminoso do Telegram, incluindo terrorismo, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e fraude. As acusações podem levar o bilionário de 39 anos a ser condenado a até 20 anos de prisão.

    Em postagem no X, Macron negou que a medida viole a liberdade de expressão e criticou "informações falsas". "Estou lendo aqui informações falsas sobre a França, após a prisão de Pavel Durov. A França está mais do que tudo ligada à liberdade de expressão e comunicação, à inovação e ao empreendedorismo. Continuará assim. Num Estado de direito, nas redes sociais como na vida real, as liberdades são exercidas dentro de um quadro estabelecido pela lei para proteger os cidadãos e respeitar os seus direitos fundamentais", disse Macron. 

    Ele destacou que a decisão sobre o caso será tomada de forma independente pelo Judiciário francês. "Cabe ao sistema de justiça, com total independência, fazer cumprir a lei. A prisão do presidente do Telegram em território francês ocorreu no âmbito de uma investigação judicial em curso. Esta não é de forma alguma uma decisão política. Cabe aos juízes decidir", afirmou. 

    O fundador do Telegram poderá permanecer sob custódia policial na França até o dia 28 de agosto, conforme informou o Ministério Público de Paris à agência RIA Novosti nesta segunda-feira. As acusações contra Durov incluem fraude, transações ilegais, tráfico de drogas, distribuição de pornografia, lavagem de dinheiro, fornecimento de serviços ilegais de criptografia, além de sua recusa em cooperar com as autoridades competentes. O caso foi aberto em 8 de julho, e o CEO já enfrenta 12 acusações criminais, de acordo com o Ministério Público.

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