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Mais de 2 mil pessoas foram presas nos EUA por protestos pró-Palestina

Repressão policial foi considerada "desproporcional" pela ONU

Polícia reprime estudantes e prende dezenas de manifestantes nos EUA (Foto: Caitlin Ochs/REUTERS)

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247 - Os protestos em apoio à Palestina nas universidades dos Estados Unidos atingiram mais de 2.000 pessoas detidas desde seu início, conforme apurado pela Associated Press. O movimento teve início na Universidade Columbia em 17 de abril e desde então se espalhou para outras 35 instituições de ensino em todo o país, mas já foi reprimido após dura ação policial.

Numa rara crítica direcionada aos Estados Unidos, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou luz sobre a tensão vista nas universidades do país. O alto comissário para Direitos Humanos, Volker Türk, expressou preocupação com as medidas policiais empregadas para conter os protestos, enfatizando a importância da liberdade de expressão e do direito de reunião.

“A liberdade de expressão e o direito de reunião de paz são fundamentais para a sociedade, especialmente quando há discordância acentuada sobre questões importantes, como ocorre na relação ao conflito no Território Palestino Ocupado e em Israel”, disse. A ONU destacou uma resposta policial desproporcional em algumas instituições de ensino, resultando na detenção de centenas de estudantes. 

Em meio à pressão política crescente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quebrou o silêncio sobre os distúrbios nas universidades, defendendo o direito dos cidadãos de se manifestarem pacificamente. “Há o direito de protestar, mas não o direito de causar o caos”, afirmou Biden.

O presidente democrata enfatizou que a dissidência pacífica é essencial para a democracia, mas condenou veementemente qualquer forma de violência ou vandalismo. Biden afirmou que os Estados Unidos não são uma nação que silencia os críticos, mas ressaltou que a ordem e o respeito à lei devem prevalecer.

Os protestos estudantis exigiam um cessar-fogo imediato em Gaza e que as instituições de ensino rompam laços comerciais com empresas que apoiam o governo de Israel. Enquanto isso, autoridades e líderes buscam um equilíbrio delicado entre o direito à expressão e a manutenção da ordem pública.

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