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    Marcelo Zero alerta: ataque cibernético no Líbano expõe vulnerabilidade dos dispositivos móveis

    Analista afirmou que possível vírus israelense em pagers do Hezbollah levanta temores sobre explosão de celulares

    Ambulâncias chegam ao Centro Médico da Universidade Americana de Beirute (AUBMC) enquanto mais de 1.000 pessoas, incluindo combatentes do Hezbollah e médicos, ficaram feridas quando os pagers que eles usam para se comunicar explodiram em todo o Líbano, de acordo com uma fonte de segurança, em Beirute, Líbano, em 17 de setembro. 2024. (Foto: REUTERS/Mohamed Azakir)

    247 - O analista geopolítico Marcelo Zero alertou nesta terça-feira (17) para as vulnerabilidades de dispositivos móveis, após o Líbano atribuir a Israel um ataque cibernético responsável pela detonação à distância de pagers usados pelo movimento Hezbollah e demais autoridades. 

    Mais cedo, a agência nacional de notícias libanesa NNA relatou que dezenas de pessoas ficaram feridas como resultado da detonação de pagers nos arredores do sul de Beirute. Posteriormente, a emissora libanesa OTV informou, citando o ministro da Saúde do país, Firas Abyad, que centenas de cidadãos ficaram feridos devido ao incidente. Vários relatos indicaram que os pagers eram usados pelo Hezbollah como um sistema de comunicação fechado, menos suscetível a ataques cibernéticos e espionagem. Mais de 2.800 pessoas ficaram feridas e 9 morreram como resultado da detonação em massa de pagers em diferentes partes do país.  

    Segundo Zero, o ataque tem características "assustadoras", e "aparentemente, trata-se de um vírus que fez sobreaquecer e explodir as baterias dos dispositivos". Diante das revelações, ele afirmou que os celulares, amplamente utilizados pela população, "podem se tornar também pequenas bombas":

    A “tecnologia” usada pelo governo de Israel para explodir pagers supostamente usados pelo Hezbollah no Líbano assusta. O ataque matou 9 pessoas, inclusive uma menina de 9 anos, e feriu outras 2.750 .

    Aparentemente, tratou-se de um vírus que fez sobreaquecer e explodir as baterias dos dispositivos.

    Ora, é óbvio que essa mesma “tecnologia” poderia, pelo menos em tese, ser usada  também para explodir celulares.

    Pode-se imaginar o caos e o pânico que um ataque massivo como esse causaria.

    Os celulares, que já são usados extensivamente para espionagem, podem se tornar também pequenas bombas, acionadas remotamente.

    Estamos muito vulneráveis.

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