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    "Nossos ataques vão se intensificar", diz chefe do exército israelense sobre o conflito com o Hezbollah

    "Se o Hezbollah ainda não entendeu isso, receberá mais golpes até compreender", afirmou o o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF)

    Herzi Halevi (Foto: Divulgação)

    247 - Neste domingo (22), o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), general Herzi Halevi, prometeu continuar com ataques intensivos contra o Hezbollah até que o grupo militante compreenda que a volta de milhares de israelenses deslocados para suas casas no norte do país é inevitável. As declarações foram feitas em um vídeo gravado na base aérea de Tel Hanof, em Israel, com um F-15 ao fundo, reforçando o poderio militar israelense. A fonte original da notícia é o jornal The Times of Israel, que destacou também as declarações do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, sobre a semana passada ter sido "a mais difícil da história do Hezbollah".

    Halevi elogiou o ataque israelense realizado na última sexta-feira (20) em Beirute, que resultou na morte de Ibrahim Aqil, um dos principais comandantes do Hezbollah, junto com outros líderes terroristas. Segundo o general, a eliminação de Aqil seria um "abalo" para o grupo, que há anos planejava a ocupação da Galileia, além de ser responsável pela morte de vários soldados e civis israelenses. Halevi destacou que o Hezbollah vinha arquitetando novos ataques, possivelmente discutidos na reunião de sexta-feira, incluindo planos de infiltração em Israel, sequestro de soldados e assassinato de civis.

    "A mensagem é clara: Israel tem a capacidade de atingir qualquer um que ameace seus cidadãos", afirmou Halevi. "O preço que o Hezbollah está pagando aumentou e nossos ataques vão se intensificar. Se o Hezbollah ainda não entendeu isso, receberá mais golpes até compreender." O general enfatizou ainda que Israel dispõe de muitas outras capacidades que ainda não foram ativadas, indicando um elevado nível de prontidão tanto para ataques quanto para defesa.

    O ministro da Defesa, Yoav Gallant, também abordou a situação, afirmando que "a última semana foi a mais difícil da história do Hezbollah, especialmente nas últimas 24 horas". Ele elogiou o ataque em Dahiyeh, subúrbio de Beirute, e garantiu que o objetivo das forças israelenses é devolver os moradores do norte de Israel às suas casas em segurança, adotando todas as medidas necessárias para isso. A operação que eliminou Aqil e a destruição de equipamentos de comunicação do Hezbollah na semana passada, causando dezenas de mortes e milhares de feridos, foram ações atribuídas a Israel, embora não oficialmente comentadas pelas autoridades.

    Durante o funeral de Aqil, o vice-secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, declarou que o grupo entrou em uma "batalha aberta de acerto de contas" com Israel. Essa retaliação, no entanto, pode resultar em novos ataques mais profundos dentro do território israelense. De acordo com um relatório da emissora Channel 12, o Hezbollah pode intensificar os lançamentos de foguetes, como os disparados contra Haifa e o Vale de Jezreel, áreas localizadas cerca de 50 quilômetros ao sul da fronteira libanesa. Estima-se que 1,5 milhão de israelenses estejam sob a linha de fogo do Hezbollah.

    Além dos confrontos no Líbano, drones lançados por grupos apoiados pelo Irã no Iraque têm ampliado a tensão. No domingo, a Resistência Islâmica no Iraque afirmou ter lançado um drone contra um alvo no Vale do Jordão, em seu quinto ataque do dia. Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram supostas interceptações na área.

    Enquanto isso, escolas no norte de Israel permanecem fechadas devido à escalada de hostilidades, com aulas sendo realizadas remotamente. O Ministério da Educação, em conjunto com o Comando da Frente Interna do IDF, avalia a situação diariamente.

    Desde o início dos ataques do Hezbollah, em outubro, o norte de Israel tem sido alvo de investidas quase diárias, em apoio ao Hamas e à guerra em Gaza. Esses confrontos resultaram na morte de 26 civis e 22 soldados israelenses, enquanto o Hezbollah já nomeou 504 combatentes mortos por Israel, além de dezenas de civis e outros operativos de grupos terroristas.

    A comunidade internacional, por sua vez, tem demonstrado preocupação. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou no domingo estar "preocupado com o aumento das tensões no Oriente Médio", mas garantiu que seu governo "fará tudo o que puder para evitar uma guerra de maiores proporções".

    As próximas semanas devem definir o rumo do conflito, com o gabinete de segurança de Israel programado para se reunir em Tel Aviv, para discutir possíveis novas medidas contra o Hezbollah.

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