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    Parlamentares dos EUA tentam mais uma vez culpar a China pela Covid-19

    Coronavírus se espalhou após um vazamento de um laboratório, segundo o relatório publicado pelo Subcomitê Seleto sobre a Pandemia de Coronavírus

    Pequim rejeitou o relatório nesta terça-feira (3), afirmando que ele "não tem credibilidade" (Foto: Aly Song / Reuters I Xinhua)

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    247 - Após uma investigação de dois anos, congressistas dos EUA declararam que o coronavírus provavelmente teve origem em laboratório e se espalhou como resultado de um vazamento, de acordo com um relatório publicado por legisladores americanos.

    "A COVID-19 provavelmente surgiu de um laboratório em Wuhan, China", afirma o relatório publicado pelo Subcomitê Seleto sobre a Pandemia de Coronavírus, segundo a Sputnik

    Os legisladores citam cinco argumentos em apoio à sua posição, observando que o vírus possui características biológicas que não foram encontradas na natureza e que todos os casos de Covid-19 supostamente ocorreram devido a uma única entrada no corpo humano, embora houvesse vários casos de disseminação durante pandemias anteriores.

    Além disso, os congressistas apontaram a presença de um laboratório líder em pesquisa do vírus SARS em Wuhan, que, segundo os legisladores, tem um histórico de pesquisas sob "níveis inadequados de biossegurança".

    "Pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan (WIV) estavam doentes com um vírus semelhante à COVID no outono de 2019, meses antes de a COVID-19 ser descoberta no 'mercado molhado'", disseram os autores do relatório. "Por quase todas as medidas da ciência, se houvesse evidência de uma origem natural, ela já teria surgido". 

    Pequim rejeitou o relatório nesta terça-feira (3), afirmando que ele "não tem credibilidade" e acusando os Estados Unidos de usar o surto para "manipulação política".

    "A conclusão científica autoritária alcançada pela equipe conjunta de especialistas China-OMS... é que um vazamento de laboratório é extremamente improvável", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa regular, de acordo com a AFP

    "Na ausência de qualquer evidência substantiva, o chamado relatório dos EUA fabricou conclusões tendenciosas, caluniou a China e plantou falsas evidências", afirmou.

    Em setembro, cientistas dos EUA e europeus conseguiram provar que o surto do coronavírus teve origem em um mercado de frutos do mar na cidade chinesa de Wuhan, de acordo com um artigo publicado na revista científica americana Cell.

    Segundo os cientistas, o mercado de Wuhan também vendia mamíferos capazes de contrair o coronavírus, incluindo civetas (um gênero de mamíferos), ratos de bambu e cães-guaxinim. A partir das amostras coletadas, foi possível constatar que os animais realmente haviam sido infectados. Além disso, a maioria das lojas onde esses animais eram vendidos ilegalmente estava localizada na parte oeste do mercado, onde os primeiros casos da doença foram registrados.

    Em 31 de dezembro de 2019, as autoridades chinesas informaram à OMS sobre um surto de pneumonia desconhecida na cidade de Wuhan, na região central do país (província de Hubei). Os primeiros casos estavam de alguma forma relacionados ao mercado local de frutos do mar. No início de janeiro de 2020, a China anunciou oficialmente que o surto de pneumonia viral de origem desconhecida foi causado por um novo tipo de coronavírus. Em 11 de março de 2020, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a disseminação do novo coronavírus tinha caráter pandêmico.

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