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    Parlamento dos Estados Unidos se tornou cúmplice do genocídio ao ovacionar Netanyahu, diz Leonardo Boff

    Teólogo afirma que Jesus está sendo novamente crucificado

    Leonardo Boff e Benjamin Netanyahu (Foto: Wilson Dias / ABR | ABR | Reprodução/AlJazeera)

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    247 - O renomado teólogo Leonardo Boff fez uma dura crítica ao Congresso dos Estados Unidos, afirmando que a instituição se tornou cúmplice do genocídio ao aplaudir o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante sua recente visita. Em uma postagem no X, Boff comparou Netanyahu a um genocida e acusou o Ocidente "cristão" de estar novamente crucificando Jesus através dos crimes cometidos contra o povo palestino.

    “Um parlamento, como o dos EUA, ovacionando um genocida como Netanyahu se torna cúmplice do crime. O dia-bólico (o que separa e divide) está tomando corpo no mundo a partir do Ocidente 'cristão'. Estamos de novo crucificando o Filho de Deus, em seus irmãos assassinados”, escreveu Boff em sua rede social.

    A recepção calorosa a Netanyahu, considerado por muitos como um criminoso de guerra, gerou intensos protestos. O senador Bernie Sanders chegou a chamá-lo de criminoso de guerra, e a maioria do Congresso estadunidense aplaudiu freneticamente o líder israelense, num ato que muitos veem como um sinal da decadência da democracia americana.

    Apesar da ausência de alguns deputados do Partido Democrata, a acolhida ao líder israelense foi marcada por uma demonstração de apoio que revela a profunda aliança entre os Estados Unidos e Israel. Netanyahu, descrito como o "maior genocida do século 21" por seus críticos, foi tratado com honrarias pelo presidente da Câmara dos Representantes.

    A presença de Netanyahu no Capitólio provocou indignação e manifestações vigorosas ao redor do mundo. Milhares de manifestantes e personalidades democráticas expressaram sua cólera e indignação, classificando a recepção a Netanyahu como uma traição aos princípios democráticos e aos direitos humanos.

    Em seu discurso perante o Congresso, Netanyahu defendeu suas ações contra o povo palestino com uma retórica supremacista e colonialista. Ele atacou países como o Irã, que apoiam a resistência palestina, e acusou os manifestantes de serem financiados por forças militares iranianas.

    Netanyahu não escondeu suas ambições colonialistas, que incluem a negação da criação de um Estado palestino independente e soberano. Ele reafirmou a importância da aliança militar com os Estados Unidos, destacando o apoio que recebe da potência imperialista, o que para muitos, evidencia a cumplicidade americana com os crimes cometidos pelo Estado israelense.

    A retórica belicista de Netanyahu representa uma ameaça à paz mundial. A perpetuação da guerra contra o povo palestino pode levar a uma conflagração militar em toda a região do Oriente Médio, tornando ainda mais precária a segurança internacional. Sob a liderança de políticos como Netanyahu e os que comandam os Estados Unidos, a ameaça de uma guerra global torna-se cada vez mais presente.

    Para Boff e muitos outros críticos, a aliança entre Israel e os Estados Unidos é um dos fenômenos políticos mais nefastos da atual conjuntura internacional. As forças anti-imperialistas e defensoras dos direitos humanos precisam compreender e combater os verdadeiros inimigos da paz e da justiça.

    A crítica de Boff reflete uma crescente insatisfação com a política externa dos Estados Unidos e seu apoio incondicional a Israel. À medida que as tensões aumentam e os conflitos se intensificam, a necessidade de uma revisão crítica dessas alianças torna-se cada vez mais urgente. Confira:

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