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    Partido governista da Geórgia vence eleição em meio a pressão por integração europeia

    Pleito no país da região do Cáucaso é alvo de críticas da oposição pró-Ocidente. Forças governistas denunciam interferência estrangeira

    Simpatizantes do partido Sonho Georgiano comemoram anúncio de pesquisa de boca de urna em Tbilisi, Geórgia, 26/10/2024 (Foto: REUTERS/Irakli Gedenidze)

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    247 - O partido governista Sonho Georgiano recebeu mais de 54% dos votos na eleição parlamentar da Geórgia no sábado (26), informou a comissão eleitoral neste domingo (27), segundo a Reuters.

    O resultado, com mais de 99% das urnas apuradas, foi um duro golpe para os georgianos pró-Ocidente, que haviam ido às urnas encarando o pleito como uma escolha entre um partido governista que aprofundou laços com a Rússia e uma oposição que pretende acelerar a integração com a União Europeia. O resultado foi contestado pelos partidos de oposição.

    Nesse sentido, três missões de monitoramento distintas -- a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), composta por 57 nações; os grupos sem fins lucrativos norte-americanos National Democratic Institute (NDI) e International Republican Institute (IRI); e um grupo de monitoramento eleitoral georgiano -- relataram supostas violações durante a votação de sábado, segundo a Reuters.

    As supostas violações, incluindo o enchimento de urnas, suborno, intimidação de eleitores e violência física perto das seções eleitorais, podem ter tido impacto sobre os resultados, disseram os grupos neste domingo. No entanto, as três missões de monitoramento não chegaram a dizer que as eleições foram fraudadas ou falsificadas -- alegações que os grupos de oposição reiteraram neste domingo.

    Ao mesmo tempo, as forças governistas acusaram grupos de tentarem interferir nas eleições. Pela primeira vez, o Reino Unido congelou o diálogo político com a Geórgia e cancelou as conversas entre os ministros da Defesa. O Bundestag alemão aprovou uma resolução intitulada “Pelo Futuro Europeu da Geórgia”, que caracteriza o atual curso político na república como uma ameaça à sua integração nas estruturas europeias.

    Além disso, o embaixador da União Europeia na Geórgia, Pawel Herczynski, afirmou anteriormente que as instituições da UE decidiram suspender reuniões de alto nível com representantes da liderança georgiana. Ele também disse que Bruxelas esperava que as eleições parlamentares na Geórgia fossem livres e justas, mas que, se a situação piorar, a UE poderá suspender a liberalização de vistos.

    O primeiro-ministro georgiano, Irakli Kobakhidze, afirmou neste domingo que a oposição georgiana não possui recursos para interromper a primeira sessão do novo parlamento, e o governo será aprovado.

    “A oposição não tem recursos, a primeira sessão do parlamento ocorrerá normalmente, e o governo será aprovado,” disse Kobakhidze em uma coletiva. A declaração foi citada pela Sputnik.

    O primeiro-ministro acrescentou que a reunião do parlamento recém-eleito acontecerá independentemente da decisão da presidente Salome Zourabichvili de convocar ou não a reunião. “O parlamento deve se reunir dentro de 10 dias após o anúncio dos dados finais [resultados das eleições], e mesmo que a presidente não agende uma reunião, o parlamento se reunirá por conta própria,” declarou Kobakhidze em uma coletiva.

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