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      Pequim manda recado a Trump: 'pressionar e ameaçar não é a maneira correta de se envolver com a China'

      Pequim acusa Washington de unilateralismo e protecionismo e defende a ordem econômica global baseada em regras da OMC

      Mensagem de ano novo do presidente Xi Jinping (Foto: CGTN)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A posição oficial do governo da China contra o que considera ser um “abuso de tarifas” por parte dos Estados Unidos foi divulgada neste sábado (6). A declaração, segundo o Global Times, expressa a firme oposição de Pequim às medidas tarifárias impostas por Washington e denuncia a estratégia americana como uma ameaça à ordem econômica global e ao multilateralismo.

      A nota oficial sustenta que, sob “vários pretextos”, os Estados Unidos vêm impondo tarifas a diversos parceiros comerciais, incluindo a própria China. Para o governo chinês, tais medidas ferem de maneira grave os interesses legítimos de outras nações, violam as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e comprometem seriamente a estabilidade do sistema comercial global baseado em regras.

      “Pressionar e ameaçar não é a maneira correta de se envolver com a China”, afirma o documento, que ressalta que o país tomará “medidas firmes para defender sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento”.

      Condenação ao unilateralismo e defesa do multilateralismo - Pequim acusa os Estados Unidos de adotarem um comportamento guiado pelo “unilateralismo, protecionismo e coerção econômica”, travestido de busca por “igualdade” e “justiça”. De acordo com o texto, os EUA estariam instrumentalizando tarifas como forma de garantir seus próprios interesses em detrimento do bem comum internacional.

      “Sob o pretexto de buscar ‘igualdade’ e ‘justiça’, os EUA estão essencialmente buscando ‘América Primeiro’ e ‘Excepcionalismo Americano’”, afirma a nota.

      A China argumenta que tais práticas desconsideram os ganhos obtidos por Washington com o comércio internacional e minam os avanços obtidos por meio de negociações multilaterais. O documento também alerta que as ações norte-americanas tendem a provocar reações negativas por parte da comunidade internacional.

      Compromisso com abertura e desenvolvimento - Pequim reafirma seu compromisso com a ampliação da abertura econômica, a liberalização do comércio e a construção de um ambiente de negócios regido por regras transparentes. Segundo a nota, a China seguirá promovendo uma abertura “de alto nível”, pautada em normas, padrões e institucionalidade.

      A mensagem também reforça a visão chinesa de que o desenvolvimento é um direito de todas as nações — e não um privilégio de poucos —, reiterando que disputas tarifárias e o protecionismo não trazem resultados sustentáveis.

      “Não há vencedores em guerras comerciais ou guerras tarifárias”, diz o governo chinês, que conclui: “o mundo precisa de justiça, não de hegemonia!”.

      Defesa do sistema multilateral - Ao defender o papel da OMC como núcleo do sistema de comércio multilateral, a China sublinha a importância da globalização econômica como “caminho inevitável para o desenvolvimento da sociedade humana”. A declaração salienta ainda que o retorno a um mundo fragmentado e protecionista não é desejável nem viável.

      Pequim conclama as nações a resistirem ao unilateralismo e protecionismo e a se unirem em defesa de um sistema internacional justo, com as Nações Unidas no centro das decisões e um comércio baseado em regras multilaterais.

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