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Premiê do Líbano condena ações de Israel e sugere que Netanyahu está cada vez mais isolado no Oriente Médio

'Está claro que primeiro-ministro israelense tem interesse em uma guerra regional', afirmou o político libanês

Najib Mikati, primeiro-ministro do Líbano (Foto: Reuters)

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247 - O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, alertou neste domingo (20) sobre os danos ao Oriente Médio causados pelas ações militares do governo israelense. Nos últimos 12 meses, o conflito resultou em mais de 2,3 mil mortos no território libanês, e mais de 1,2 milhão de pessoas foram forçadas a deixar suas casas. Israel é governado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, denunciado na Corte Internacional de Justiça este ano pelo crime de genocídio na Faixa de Gaza, onde, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 43 mil pessoas morreram e 100 mil ficaram feridas desde outubro do ano passado devido aos bombardeios das forças israelenses.

"Está claro que Netanyahu tem interesse em uma guerra regional. Mas outros líderes da região não compartilham desse desejo por um conflito", afirmou Mikati. O mandato dele terminou, mas ele permanece no cargo até que o impasse para a escolha do novo presidente e gabinete seja resolvido. A entrevista foi concedida ao jornal Folha de S.Paulo.

Neste sábado (19), Netanyahu enviou uma mensagem ao Irã, que apoia o Hamas (Faixa de Gaza), o Hezbollah, no Líbano, e os Houthis, no Iêmen. "Qualquer um que prejudicar os cidadãos de Israel pagará um preço alto. Continuaremos a eliminar seus terroristas. Os enviados do Irã que tentaram assassinar a mim e a minha esposa cometeram um grave erro. Isso não vai me deter, nem ao Estado de Israel, de continuar a guerra de resistência contra nossos inimigos para garantir nossa segurança por gerações. Alcançaremos todos os objetivos da guerra que estabelecemos e mudaremos a realidade de segurança em nossa região por gerações".

O premiê libanês comentou sobre a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), criada pelo Conselho de Segurança da ONU após a primeira invasão de Israel ao sul do Líbano em 1978. "O governo libanês condena a agressão israelense contra a Unifil. Uma maneira de fortalecer a missão é fornecer mais recursos e apoio, tanto em soldados quanto em equipamentos. É importante que a Unifil possa operar sem o temor de retaliações ou ataques de Israel."

Mikati também afirmou que a segurança do Líbano pode estar sendo comprometida pelo apoio do Hezbollah aos palestinos na Faixa de Gaza. "Embora demonstrar solidariedade aos palestinos seja uma posição política, é crucial garantir que tais ações não comprometam a segurança do Líbano e não levem a mais conflitos dentro do país."

Autoridades jurídicas da África do Sul denunciaram o governo israelense na Corte Internacional de Justiça pelo crime de genocídio contra palestinos em Gaza. Sediada na Holanda, a CIJ apenas recomendou a cessação do massacre, mas as forças israelenses expandiram suas ofensivas.

Nos últimos meses, líderes políticos e ativistas pressionaram o Tribunal Penal Internacional a ordenar a prisão de Netanyahu. O primeiro-ministro israelense está cada vez mais isolado politicamente, mas continua recebendo apoio dos Estados Unidos, o que dificulta a solução pacífica do conflito no Oriente Médio a curto prazo.

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