TV 247 logo
    HOME > Mundo

    Presidente de Taiwan aposta em retórica hostil contra a China

    Lai Ching-te vem defendendo o militarismo e fechando as portas para a cooperação com a China, enquanto os EUA ampliam seu apoio ao território

    Lai Ching-te (Foto: Global Times )

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    247 - O novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te, vem investindo em uma retórica de hostilidade contra a República Popular da China, acusando Pequim de autoritarismo e defendendo um incremento nas forças militares do território rebelde, que é reivindicado há décadas pelos comunistas. Seu partido, o DPP, é visto como uma força pró-independência, o que é absolutamente inaceitável para o Partido Comunista da China, que busca reunificar a pátria chinesa. 

    Em seu ataque mais recente, ele acusou a China de implementar um modelo de governo 'autocrata', e associou Pequim ao 'mal'. “Quero sublinhar: democracia não é um crime; é a autocracia que é o verdadeiro mal", disse o líder em uma entrevista coletiva no gabinete presidencial em Taipei, conforme citado pela Reuters nesta segunda-feira (24). 

    "A China absolutamente não tem direito de sancionar cidadãos de Taiwan apenas pelas opiniões que elas têm. Além disso, a China não tem o direito de perseguir os direitos do povo de Taiwan além das fronteiras”, disse o líder em uma entrevista coletiva no gabinete presidencial em Taipei, conforme citado pela Reuters. 

    Anteriormente, em meio a exercícios do Exército de Libertação Popular na região, ele havia dito que somente a força militar pode manter a paz com a China e que os taiwaneses não cederão à "coerção" chinesa. 

    Enquanto isso, Pequim vem aumentando sua pressão militar na região. Os militares taiwaneses detectaram 15 aeronaves e 6 navios das forças armadas chinesas perto da ilha nas últimas 24 horas, informou no domingo o Ministério da Defesa de Taiwan. 

    Taiwan tem sido governada de forma independente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha como sua província, enquanto Taiwan — um território com seu próprio governo eleito — sustenta que é um país autônomo. Pequim se opõe a qualquer contato oficial de estados estrangeiros com Taipei e considera a soberania chinesa sobre a ilha indisputável. 

    No início de junho, a porta-voz da Embaixada da China nos EUA, Liu Pengyu, disse à Sputnik que Washington deveria parar de vender armas a Taiwan e cessar o contato militar com a ilha.

    Em resposta à recusa do presidente dos EUA, Joe Biden, em descartar a possibilidade de os militares dos EUA ajudarem Taiwan se Pequim lançar uma operação militar, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse no início de junho que Washington deveria parar de enviar "sinais errôneos" às forças separatistas em Taiwan. (Com agências). 

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

    Relacionados